05 abr O acorde mantém sua função se invertido?
O acorde mantém sua função se invertido?
Questão que venho discutindo em sala de aula, tanto em composição, quanto em produção musical, não, o acorde modifica sua sonoridade de maneira substancial em todas as suas possibilidades de inversão, justo posto o acorde pode sim ter outra função.
O problema é que perante a harmonia popular, nos livros da Berklee College Of Music, o que aprendemos é que um acorde maior com sétima maior, ou terá função tônica ou função subdominante, reduzindo a essas nomenclaturas suas variações de sonoridade.
Mas está nos livros! E daí?
Esses livros falam sobre que música, de que estilo? Então, nós no Brasil temos como característica os acordes invertidos, talvez pro jazz sirva esse preceito aí.
Mas bem, toque aí no seu violão um fá maior com sétima maior em posição fundamental e depois toque o mesmo conjunto em terceira inversão. O primeiro acorde possui uma sonoridade que a música do século XX até habituou-se em utilizá-lo como acorde resolutivo.
O acorde maior com sétima maior em terceira inversão conserva um tensionamento extremamente peculiar que é impossível igualá-los em função e característica com o acorde em posição fundamental.
Uma ação bastante intensa e interessante, iniciei tocando em uma música como Garota de Ipanema, que habita quatro acordes maiores com sétima maior, toquei todos em terceira inversão, o resultado foi bastante estranho.
A sonoridade influi, então na opinião desse autor e produtor, e compositor, não tem como justificar que a função do acorde é a mesma, já que a função harmônica, herdade das funções melódicas em nomenclatura e interpretação, está intimamente associada a sonoridade do acorde não ao seu conjunto.