Vale a pena jogar tudo pro alto e ser músico?

Vale a pena jogar tudo pro alto e ser músico?

Vale a pena jogar tudo pro alto e ser músico?

Que tal transferir essa pergunta para: vale a pena ser feliz?

Tantas as transformações que a sociedade brasileira vem sofrendo nos últimos anos com a(s) reforma(s) trabalhista(s) e a reforma previdenciária que a pergunta é melhor esclarecida se usarmos como objeto de fato nossa a felicidade.

Escolher uma profissão apenas para ser remunerado e ter uma aposentadoria tranquila já não parece mais tão atrativo hoje, quanto foi para outras gerações. Muitos são os que negligenciaram a felicidade atrás de um posto de trabalho seguro, e que o conduzisse para uma aposentadoria tranquila e plena.

Com essas reformas realizadas nos últimos anos parece que a instabilidade que por senso comum transferiam para a profissão do músico está democratizada. Viva!

São incontáveis as histórias que ouvi da decisão por outra profissão por pressão familiar e social. O preconceito com as carreiras musicais, que muitos sequer conhecem (aqui em nosso blog falamos de todas), é parte do que nós músicos enfrentamos por toda nossa história.

Eu quando decidi ser músico ouvi de tudo um pouco, de uma professora de português em sala de aula que era um desperdício pelas minhas notas no ensino regular.

Há parentes que duvidaram da minha capacidade de constituir bens e me manter atuando apenas nas práticas musicais sem auxílio dos meus pais. Pasmem.

Eu decidi pela música sem pensar em felicidade. Era inerente a quem sou. E quando a voz de uma carreira surge sobre seus ideais fugir é um ato inconsequente. Ser feliz é muito mais do que ter, ou do que ser, para valores sociais.

Quem decide onde vamos senão nós mesmos?

No princípio da minha carreira enquanto vi amigos e familiares em profissões tradicionais rapidamente alcançar certas metas financeiras, demorei um pouco mais, mas meu crescimento amigo, foi constante, e calcado em planejamento e muito dedicação.

Quantas semanas emendei trabalhando de segunda a segunda, entre tocar, lecionar, produzir, arranjar, eu confesso que não sei. Ser músico é dedicar-se continuamente.

Aquele conto da cigarra cantora e da formiga está descartado. Perdoe a fábula de La Fontaine. Se você não imagina quanto nos dedicamos para nos tornar músicos, assim prefiro pensar que agora você sabe.

O músico na verdade é meio cigarra e meio formiga. E estamos quase que na totalidade mais para a formiga.

Daí você pode pensar: mas se você trabalha tanto deve ficar esgotado! E aí que está a questão, fica esgotado quem não gosta do que faz. Quem ama, quem se entrega luta, equaliza as contas para o que vai receber em cada momento, trabalha e trabalha, e no final ainda tem gás para fazer mais simplesmente pelo amor crescente que sente pelo que faz. Isso é ser músico para mim.

Então vale a pena jogar tudo pro alto e ser músico?

Eu não precisei jogar nada para o alto. Tive que deixar para trás pessoas que duvidaram da minha carreira, pessoas que não acreditaram no que me tornaria, pessoas que menosprezaram meu trabalho.

Eu amo o que faço, e só quem me conhece como músico nas diferentes faces que realizo sabe desse amor.

Eu leciono com a paixão de uma primeira aula tocando com o mesmo amor desde a primeira conquista musical para minha carreira. Me comunico socialmente, politicamente, e estudo, e estudo. E sabe quando me canso?

Em ciclos anuais. Eu também tenho meu descanso. E você que vive frustrado com seu trabalho já reclama na segunda-feira?

Vale a pena largar tudo pra ser feliz, amigos, então vale a pena jogar tudo para o alto para ser músico! É parte profunda do que somos! E que tal começar com uma preparação para o vestibular de música? Aqui oriento carreira também!

Preparatório para Vestibular de Música

#VemProSouzaLima