Qual motivo de ter tanta harmonia nas grades das faculdades?

Qual motivo de ter tanta harmonia nas grades das faculdades?

Qual motivo de ter tanta harmonia nas grades das faculdades?

Dentro da percepção e escuta do leigo, do ouvinte, a harmonia é o terceiro elemento que o ouvinte considera ou que percebe em sua escuta. A melodia é o primeiro por reunir ritmo e alturas e ocasionar memórias, a seguir o ritmo propriamente pelo sentido no corpo – uma percepção que transcende a escuta, e no fim, sim, a harmonia.

Mas aí o estudante interessado em formar-se em música observa as grades das universidades e quase a metade ou algumas vezes mais que a metade do que se observa quanto a matérias se refere ao estudo da harmonia.

Houve uma reforma no ensino da música no século XIX, e essa reforma como herança trouxe o estudo da harmonia em diferentes vieses teóricos (nenhum prático, como prefiro pensar). Claro, que dessa ideia que parecia promissora tem hoje um espólio funesto.

Como ser diferente?

Harmonia na hierarquia do estudo, na minha concepção de educador, deve estar atrás do solfejo melódico – que dá compreensão musical como um todo, a seguir o ritmo, a instrumentação, a criatividade, a interpretação, a improvisação, para a seguir apenas, discutir-se o encontro ou o conjunto das notas – que chamamos de harmonia.

Então!

Ocorre que as grades das faculdades ficaram abarrotadas do ensino da harmonia por um ciclo perverso que já dura século e meio, onde teóricos, acadêmicos, criam verborragias para analisar o que pouco ou até nada sabem fazer – em alguns casos. Feito. Pronto. É disso que estamos falando.

E isso é minha opinião – acredito em outros caminhos para educação musical, e que, com diversos resultados, observo que vem dando certo. Que colocam a harmonia em um patamar de estudo ao menos paralelo com outras questões como solfejo melódico, compreensão estética, referência estética e técnicas composicionais.

Doutores e doutores

As universidades não param de formar doutores, justamente em análise, e análise parte de que? Harmonia tradicional, harmonia funcional, justamente. E daí quem emprega esses cidadãos? Então, é disso que estou procurando refletir.

E fica mais rico o argumento criticando essa gente quando esse tipo de musicista lança algum trabalho, o que é raro, porque a maioria é compositor de gaveta – aquele que sempre diz que sua música está nas gavetas, não para ser mostrada.

Melhor então aquele que nunca trouxe um assovio com a mais parca ideia melódica, do que os que ainda se aventuram com o que entendem como composição.

Porque quando lançam, meu amigo…

#VemProSouzaLima

Harmonia é um recurso, uma ferramenta, como muitas outras que temos que igualmente ou mais, nos dedicar.