08 set Qual a parte mais difícil da rotina de um músico?
Semana complicada.
Mas o que é mais complicado na rotina de um músico? Provavelmente a resposta que receberá é equalizar agendas.
Temos muitos afazeres: gravação, composição, arranjos, aulas, produções, pesquisas, manter-se em forma estudando. Tudo demanda muita dedicação, mas nada se equipara a quase impossível tarefa de alinhar a agenda de mais que um par de músicos.
Pode até parecer falta de prioridade, mas não. Não somos profissionais que tralham no regime de 40 horas semanais. Não possuímos horários fixos como autônomos. Somos ao mesmo tempo empreendedores de nossos projetos. Nossas agendas flutuam demasiadamente.
Como organizar uma rotina de ensaios para um show se cada músico possui uma agenda recheada e completamente diferente? Esse é o ponto.
Esta é a parte mais complicada, mais difícil da rotina de um músico.
E o que você não gosta?
Eu como sou violonista e guitarrista a parte que não gosto é a da administração dos instrumentos. Sim, meu problema é trocar encordoamento. Rever o instrumento. Revisar. Limpar! Claro, há profissionais para isso! Mas nem sempre você consegue esse atendimento em uma necessidade.
E quando você está fora do estado? Eu, por exemplo, tive uma guitarra nova totalmente riscada por um luthier que apenas solicitei trocar as cordas. Ele decidiu limpar e passou um pano sujo o que causou riscos de todo tipo, e ainda, não apenas circulares, riscos retos, horizontais e verticais.
Dá pra fugir?
Sim, dá! Alguns amigos músicos contam que o pior da rotina do músico é a variação de rendimento. Mas espera um minuto? Isso é uma questão de organização financeira, o correto em nossa área de atuação é quantificar, e gastar ou investir com qualidade.
Há meses que o músico tem agenda lotada de shows e eventos, e meses como janeiro, que cai substancialmente. O mesmo para aulas, projetos publicitários.
A palavra segue a mesma: diversificar!