16 ago Quais são as principais características do Baião?
O Baião é um gênero brasileiro, binário, difundido no mercado fonográfico na década de 1940.
Em primeiro lugar é um gênero brasileiro oriundo de uma composição autoral de Luiz Gonzaga, homônima, que se apropriava ou convergia com o ritmo do coco (ou coco de embolada) – geograficamente estabelecido no nordeste brasileiro.
De antemão baião, hoje o forró, e o coco de embolada usufruem do mesmo padrão rítmico. Esse padrão é internacional. Na visão da antropologia o coco de embolada é a matriz cultural do baião, tal qual do que conhecemos hoje como forró.
Primordialmente em música se reconhece a clave 3 3 2 no coco, baião e forró – e por sinal, até mesmo no samba. Essa rítmica entrelaça a música latino-americana de forma a estabelecer irmandade com nosso gêneros.
A própria salsa usufrui da progressão rítmica 3 3 2. Acima de tudo esta clave aparece em outras manifestações musicais do mundo. Observe sua escrita em fórmula dois por quatro.
Instrumentação Típica do Baião
A princípio a instrumentação do gênero possui acordeom, zabumba e triângulo, acompanhando a voz, normalmente masculina. Ao mesmo tempo com a participação ocasional do violão, contrabaixo e bateria em visões mais modernas, que inclui até outras percussões – como pandeiro e agogô.
Inventário Rítmico Preliminar
Unidade de tempo e figuras coincidentes a pulsação. Figuras de primeira subdivisão. Figuras de segunda subdivisão.
Inventário Melódico
Além disso as melodias do baião transitam entre o modo mixolídio quando maior, e o modo dórico quando menor em graus conjuntos propriamente.
Todavia utilizando arpejos de acorde e principalmente os modelos que possuem sétima menor, como Xm7 e X7, menor com sétima menor e maior com sétima menor, respectivamente.
Referências Principais para o ouvinte iniciante
Luiz Gonzaga, Sivuca, Dominguinhos, Trio Nordestino e Trio Virgulino, por exemplo, são expoentes do gênero musical urbano.
Matriz de uma escola de música!
O baião acabou por ser ritmo para o estilo conhecido como MPB, da mesma maneira que para a música improvisada e para a música erudita. Nesse sentido de Chico Buarque ao compositor Alberto Nepomuceno, de Tom Jobim ao grupo Falamansa, todos utilizaram da síntese que estabeleceu o baião em meados da década de 1940.
Viva o baião!
Na foto que ilustra a publicação Luiz Gonzaga, o Gonzagão!
Que tal assistir ao fantástico programa Mosaicos da TV Cultura, sobre a maior referência do Baião?
#VemProSouzaLima