O que uma faculdade de música americana oferece que a diferencia das faculdades brasileiras?

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O que uma faculdade de música americana oferece que a diferencia das faculdades brasileiras?

O que uma faculdade de música americana oferece que a diferencia das faculdades brasileiras?

Estrutura, e até poderia terminar o artigo por aqui.

Sim, a resposta é clara, e direta, seria a resposta imediata em uma entrevista ou papo de corredor. Mas vamos aproveitar para compreender o que é estrutura de fato.

Públicas e a integração ao mercado de trabalho

As Universidades Públicas, no Brasil, estão distantes de serem tecnológicas – principalmente na área de humanidades que recebem menos aporte financeiro que outras áreas.

Um professor em uma instituição pública de ensino também pode permanecer por décadas em seu cargo, o que dificulta, por exemplo, a reciclagem ou a paridade do profissional para com o mercado de trabalho.

Nos EUA as universidades que eu conheci (em Nova York e Boston) são muito tecnológicas, e seu corpo docente, parte importante dele, está integrada a ações do mercado de trabalho como o de trilha sonora, performance e produção musical.

Das universidades americanas, evidente, algumas são bem mais simples e até piores que as nossas.

Aqui no Brasil, isso ocorre nas Faculdades Particulares, educadores que também atuam nas áreas comuns de trabalho do músico, que tanto comentamos aqui no BLOG. Nas públicas são bem raras, ao menos aqui em São Paulo.

ESTRUTURA HUMANA

Esse ponto é estrutura, estrutura humana. Então nos EUA é de praxe ter músicos atuantes educando, sendo exemplo para seus estudantes.

Como exemplo, na formatura de um aluno, o coordenador do programa de uma universidade paulista comentou que eu deveria orientar nosso estudante para ele “deixar de desperdiçar seu talento com trilha sonora”. Uma bobagem completa. Temos que atuar e ocupar espaços nos diferentes mercados para subsistir como músicos profissionais.

Os espaços tecnológicos ao que me refiro são estúdios de gravação, e ensaio, salas adequadas para os diferentes gêneros e estilos musicais. Mas também corpo discente qualificado, em diferentes grupamentos.

Outro exemplo, um estudante de regência aqui no Brasil, nas principais universidades públicas não terá a oportunidade de reger uma orquestra da universidade, por serem normalmente, órgãos independentes. Nos EUA o estudante de regência terá a sua disposição a orquestra, ou até as orquestras, de estudantes.

Então

E o mesmo ocorre para um estudante de composição, que aqui nas faculdades brasileiras precisa se conter com ouvir sua música tocada em bons simuladores de orquestra, enquanto na Berklee, por exemplo, as orquestras tocam as obras dos estudantes diariamente.

Claro, que o profissional precisa pensar na validade do seu diploma quando chegar ao Brasil, porque a convalidação é bastante delicada, muitíssimo burocrática, mas de fato, a experiência é muito diferente.

Para encerrar adianto que no Souza Lima, somos atuantes como educadores e profissionais da música. Procura, João Marcondes, no Spotify para conhecer minha obra, ou no aplicativo Kindle Amazon. E a estrutura humana e tecnológica da escola não deixa tanto a desejar para as universidades que conheci, ou melhor Colleges, que conheci em Nova York e Boston.

As universidades públicas aqui no Brasil por sua vez incentivam aqueles que querem ser pesquisadores, com muita publicação de artigos acadêmicos. E aí, qual seu caminho?

#VemProSouzaLima

Agradeço ao Tassio Braga que trouxe sua dúvida em meu instagram pessoal motivando essa publicação.