10 abr O que é mais fácil o Bandolim ou o Cavaquinho?
O que é mais fácil? Bandolim ou Cavaquinho?
Comparar instrumentos que a priori possuem funções completamente distintas é complicado.
Em um Regional de Choro, por exemplo, enquanto o bandolim exerce função melódica, como solista, o cavaquinho exerce função harmônica, ou rítmico-harmônica.
O cavaquinho faz o que popularmente chamamos de “centro”. E não subestime o acompanhamento, o cavaquinho é um motor literalmente. Sua troca de acordes ritmada está atrelada ao pulso constante, e a sensação de continuidade que realiza também o pandeiro.
O bandolim por sua vez está para a virtuosidade, desenvolvimento melódico interpretativo, vigor e expressão. Cavaquinho e bandolim possuem a mesma tensão de cordas, é fato. Mas o bandolim é um instrumento muito diferenciado por possuir cordas duplas.
A tessitura do cavaquinho é de duas oitavas. Enquanto a do bandolim chega a três oitavas.
Ao fator solista, o cavaquinho também pode ser. Algo que o contrário não é tão comum ao bandolim, raramente ele faz acompanhamento, e quando faz é pontual.
O cavaquinho possui uma história belíssima no fazer musical brasileiro. É um solista nato, pelas mãos de Waldir de Azevedo e Waldir Silva. Alceu Maia, Canhotinho, Luciana Rabello.
A pergunta “O que é mais fácil: cavaquinho ou bandolim?” já possui argumentos. Se levarmos para a esfera pessoal, diria que dominar a gama de possibilidades que o cavaquinho possui levaria mais tempo.
Então diria que o bandolim por estar atrelada a execução das melodias é sutilmente mais fácil. Há menos possibilidades. Tocar melodicamente em nível alto faz com que os dois instrumentos se equiparem, com leve desempate ao cavaquinho por possuir menor tessitura.
O cavaquinista ainda precisa dominar o centro, e como músico conhecedor, se atuar com pagode, precisará de uma excelente dose de conhecimento harmônico, já que esse instrumento de maneira bastante peculiar toca estruturas altas complementando o violão.
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