O que é Enarmonia em música?

O que é Enarmonia em música?

O que é Enarmonia em música?

Enarmonia é um processo relativamente simples, e surge por motivos históricos e técnicos na perspectiva e compreensão dos sons quando pautados ou nomenclaturados. Enarmonia é quando um som recebe uma nomenclatura diferente, justificada pela função cumprida em determinada obra musical.

Um som é um som! Parece um pouco estranho assim dizer, mas a enarmonia trata então da nomenclatura que damos para cada som nas diferentes experiências que este pode oferecer nos conjuntos musicais, seja uma escala, um acorde ou uma melodia.

Um mesmo som pode possuir comportamentos de estabilidade e instabilidade, o que justifica parcialmente as diferentes nomenclaturas.

Um mesmo som pode ser qualquer parte de um conjunto de acordes, fundamental terça ou quinta de uma tríade; ou ainda fundamental, terça ou quinta ou sétima de uma tétrade.

Ainda um som pode ser qualquer dos sete graus diferentes de uma escala diatônica – tônica, supertônica, mediante, subdominante, dominante, superdominante, e sensível.

Veja então: Dó e si sustenido são termos de nota que representam um mesmo som, assim então, afirmamos que são notas enarmônicas.

Dó é sensível da escala de ré bemol maior, ou de ré bemol menor melódica, ou de ré bemol menor harmônica.

Dó é tônica da escala de dó maior ou dó menor primitiva, harmônica ou melódica.

Justo posto si sustenido é sensível da escala de dó sustenido maior.

Uma escala diatônica possui as sete notas organizadas sucessivamente. Não há uma escala diatônica que não possua sete graus, sete notas, e a repetição da tônica ao final.

A definição para livro de enarmonia, pode ser:

Duas ou mais nomenclaturas que representa um mesmo som, define precisamente o conceito de enarmonia.

Notas diferentes que representam o mesmo som. Nomenclaturas distintas que determinam exatamente a mesma sensação sonora, quando apresentada individualmente. Porque em conseguinte se apresentada em contexto, é possível perceber as variações.

Trata-se de uma resposta imediata para o sistema temperado, onde as 12 alturas estão separadas por iguais semitons.

No sistema natural, que antecede o sistema temperado, é possível afirmar através de documentos históricos diversos que havia distinção notável entre sustenidos e bemóis postos como enarmônicos.

Quanto a acordes e escalas

Pode-se estender o conceito de enarmonia para acordes e tonalidades. E até mesmo discutir a presença de sustenidos e bemóis dentro da prática dos instrumentos musicais.

Por exemplo, é comum afirmar que os instrumentistas de sopro são mais familiarizados com a leitura dos bemóis, enquanto instrumentista de corda, se entendem melhor na leitura dos sustenidos.

Essa realidade é um condicionamento histórico, e tem predisposição quanto a formação do repertório e prática de um determinado instrumento.

Assim, é comum em arranjo escrever uma mesma música em bemol para parte dos instrumentos, e em sustenido para outra parte, de acorde com a prática, respeitando individualidade.

Fixa aí que a enarmonia é um conjunto de valores tanto quanto uma solução para o desenvolvimento do instrumentista.

E em uma partitura quando é bemol e quando é sustenido?

Escrevi um texto específico sobre o assunto, mas vamos lá, em uma partitura pautada sem armadura de clave, deve-se observar o movimento melódico. Se o movimento é ascendente prefira a aplicação do sustenido, pois se trata de um indicativo de movimento. E previne até mesmo o uso excessivo de bequadros caso haja uma appoggiatura.

Desse modo o bemol deve ser aplicado em movimento descendente, comportando-se então, ou observando um comportamento de sensível, ambos os casos discutindo cromatismo.

Se há uma tonalidade fechada, prefira em certo ponto utilizar o conjunto que lhe é preciso. Não faz sentido utilizar no tom de fá, lá sustenido ao invés de si bemol, independente do tipo de movimento.

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#VemProSouzaLima

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