15 out O que é duração em música?
O que é duração em música?
Duração é um elemento crucial para composição melódica. Estabelece-se na prática musical em elementos rítmicos, melódicos e harmônicos. E sobretudo constitui-se a partir do pulso constante, em fragmentos denominados subdivisões, ou sons que se alongam por um ou mais pulsos constantes.
O ritmo escrito, como o conhecemos, foi o segundo elemento musical a adquirir símbolos na história da música, a seguir da altura.
Na escrita neumática, por exemplo, a duração baseava-se na interpretação textual, tratava-se de texto litúrgico em latim, e cabia ao emissor, monge ou padre, definir as devidas durações ao qual comunicaria a mensagem bíblica, de maneira melódica e sob graus conjuntos usualmente. E a simbologia que havia tinha alto grau interpretativo.
A partir do momento que se constituem símbolos próprios e relações proporcionais fica estabelecido precisão simbólica e interpretativa para a escrita da duração.
Atualmente são quatorze símbolos primordiais de escrita, referindo-se a sete nomenclaturas ou espécies de figura, e contemplando som e silêncio.
Semibreve é a figura de maior valor. A seguir em ordem de valor: mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa.
Para toda figura de som há uma figura proporcional de silêncio.
A duração se comporta organizando o pulso constante em métricas. As métricas mais comuns são a binária, ternária e quaternária. Pode haver métricas combinadas, ou até ímpares quanto a qualificação. Ímpares não necessariamente com o artifício numérico puro e simplesmente, mas por serem diferentes do que é natural ou habitual, ou que se desenvolveu de maneira orgânica nas práticas musicais.
A métrica pode se comportar em compasso simples, quando a subdivisão é binária, ou seja, proporcional a dois, ou em compasso composto, quando a subdivisão é ternária, quando a primeira subdivisão é proporcional a três, seguindo a dois nas demais subdivisões.
Compasso simples: 1 – 2 – 4 – 8 – 16 (relação de subdivisão)
Ou seja: o inteiro é dividido em duas partes iguais, a seguir a quatro, etc…
Compasso composto: 1 – 3 – 6 – 12 – 24 (relação de subdivisão)
Ou seja: o inteiro é dividido em três partes iguais no compasso composto, para a seguir aderir a subdivisão binária.
Quando há uma quebra na relação da subdivisão dá-se o nome quiáltera. Se está estabelecido o compasso simples, e se apresenta alguma subdivisão não proporcional, atípica.
No compasso simples são comuns as tercinas e sextinas. No compasso composto as duínas e quatrinas.