O que é contraponto?

O que é contraponto?

O que é contraponto?

Imagina ponto como uma nota, que chamamos em música como cantus firmus, uma melodia original, então contraponto é uma melodia, que seguindo parâmetros técnicos, contrapõe a melodia original, o “ponto”.

Por gerar uma nova melodia, igualmente independente, o contraponto consolida uma estratégia musical conhecida como polifonia. A música polifônica é aquela que possui diversas melodias independentes, que convergem, divergem, sem que se estabeleça protagonismo duradouro em uma única voz.

Uma melodia única de protagonismo perante uma camada harmônica caracteriza a estratégia musical conhecida como homofônica.

O que conhecemos como contraponto se estabelece na configuração entre duas vozes – cantus firmus e contraponto, podendo constituir até seis vozes independentes contrapontísticas.

O embrião da música contrapontística está no período medieval, embora as estratégias que são estudadas até os dias de hoje em classes de música nas faculdades e em conservatórios, combinam teorias renascentistas e barrocas.

Alguns pesquisadores consideram que a arte contrapontística atingiu apogeu em J. S. Bach! No entanto, diversos outros compositores são notórios na aplicação. Para minha apreciação também valorizo a obra de Giovanni Pierluigi da Palestrina – compositor renascentista, embora Bach por estabelecer além dos corais obras instrumentais proporcione mais desafios aos meus ouvidos.

Fato, o contraponto inicia como uma técnica para a música vocal. Quatro vozes, duas masculinas e duas femininas, fazem parte da construção musical que culminou na estratégia dos acordes- o coro ou coral. Curiosidade marcante é que os compositores abusaram da técnica contrapontística tanto, que procuraram até mesmo realizar obras com seis grupos de cantores, seis vozes diferentes.

Bach sintetizou as estruturas da técnica, preservando a quatro vozes, mas explorando em suas obras novas regiões das tonalidades. Sua morte é considerada um marco da música barroca, Bach manteve em sua construção musical a polifonia, no máximo suavizando a sensação polifônica, sem nunca romper ou aderir a homofonia.

Barroco é excesso, é ação combinatório contínua, novidade a cada audição ou visualização, barroco é algo superlativo!

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