11 fev O Bona é um bom livro de solfejo?
O Bona é um bom livro de solfejo?
Livro sim, mas é sandice chamar de método algo tão ruim.
É difícil acreditar que educadores ainda indiquem um livro como o Bona, chegando a ser patético. Trata-se de um livro totalmente desatualizado, que não respira nem em Roma.
O Bona possui dinâmica contaminada e desenvolvimento pífio para quase a totalidade dos estudantes que se aventuraM no que chamam “método Bona”.
Pode ser considerado método um livro que em turmas de vinte alunos se desenvolve menos que dez por cento? Óbvio que não. É triste assistir educadores musicais brasileiros ainda indicarem esse livro. Ainda mais de quem se espera reflexão, caso de professores doutores.
Em um papo com um educador, ele me questionou sobre o que penso do Bona entendendo ele que se tratava apenas da minha opinião. Respondi que não se tratava de opinião, e sim de experiência pedagógica.
Pesquisa metodológica
Desenvolvi entre 2007 e 2011 pesquisa com livros de solfejo melódico e rítmico, com turmas diferentes, de idades idênticas, desenvolvi experiências de abordagem, e constatei que esse livro é um compêndio de atividades. Uma apostila praticamente. Não um método. E mesmo as atividades são ultrapassadas, descontextualizadas e até torpes.
Torpe por torturar os alunos a memorizar melodias sem processo algum de transferência de conhecimento.
Solfejar não é memorizar melodias. Solfejar é a capacidade de ler uma partitura em ouvido interno ou emitindo as alturas vocalmente. Repetir melodias sem que possa se transferir o conteúdo para outras leituras é inútil, e lida com os alunos de maneira ignóbil.
Educadores de ocasião são músicos que decidem educar como maneira de conquistar alguma renda que lhe conceda alguma dignidade. É o caso.
Coisa séria, não é pra bicão.
Educação musical é coisa séria, e o argumento de aplicar porque funcionou consigo não é justificativa. Minha lembrança, por exemplo, como estudante foi ver uma sala com vinte pessoas no início do curso e na finalização sobrar dois gatos pingados. Chega a ser ridículo.
Livro chato que não se salva em método por não ter, e menos ainda abordagem.
Excelente livro para acender churrasqueira. E vá lá, um youtuber indicar esse livro – que não tenha compromisso com a educação tudo bem, mas um doutor em música?
Estive na Itália em 2009, e perguntei sobre esse livro e um outro de autor também italiano, a pergunta foi se era utilizado. A resposta foi não.
Esse livro se mantém no Brasil pela força de uma editora fazendo um desserviço para educação musical brasileira.
Aquela pesquisa que realizei com os alunos sobre os diferentes livros, motivou o desenvolvimento de um método que já está publicado, e trata-se de algo com alicerce teórico de formação musical experimentada.
Chega de livro ultrapassado! Conheça o método que desenvolvi, está disponível no kindle.
#VemProSouzaLima
Na Pós em Educação Musical da Faculdade Souza Lima discutimos isso e muito mais perante educação musical.