Marcelo Braga e o caminho argentino para a Berklee

Marcelo Braga e o caminho argentino para a Berklee

Hoje trago no BLOG Souza Lima o caminho Argentino de transferência de créditos para a Berklee. Trata-se da querida escola amiga EMC – Escola de Música Contemporânea – em tradução literal, sediada em Buenos Aires.

O personagem entrevistado, o querido Marcelo Braga, uma pessoa sensacional que me orgulho em ser amigo.

ENTREVISTA

Nome: Marcelo Braga Saralegui

Cidade natal: Buenos Aires, Argentina

Ano de nascimento: 13/11/54

Instrumento: Guitarra

Formação acadêmica: Violão com Miguel Angel Girollet, Arranjos com Rodolfo Alchourrón. Bacharel em Composição pela Berklee College of Music – Cum Laude (Boston 1983)

https://youtu.be/_4J2Ndd7fVM

1) Em que ano você iniciou sua carreira como músico profissional?

Quando terminei o ensino médio já tocava em vários grupos e nesse momento comecei a estudar formalmente (1973). Comecei a tocar violão antes dos 10 anos e a estudar aos 15.

2) Em quais áreas você atua ou atuou diretamente como músico profissional?

Trabalhei bastante como compositor e intérprete de música para peças, shows solo (Norma Aleandro, Alicia Berdazagar) e como arranjador / produtor de artistas, auxiliando-os em seus CDs e demos em estúdios externos ou em casa estúdio.

Sempre vinculado ao ensino individual ou em grupo em diversas instituições.

Liderei grupos em Boston (Marcelo Braga Quartet e Elevare) e em Buenos Aires (Tixo) com composições próprias e um estilo Oregon (violão clássico, violoncelo, oboé, trompa inglesa, flauta e percussão).

3) Como foi o seu ingresso de sua instituição no CLAEM e ALAEMUS?

Na visita do Professor Mário (da escola Souza Lima) e alguns professores na Escola que sou diretor, em 2008, conversamos muito sobre seu projeto que finalmente se cristalizou no primeiro encontro em São Paulo em 2010. Junto com outros colegas fizemos parte dos membros fundadores da Alaemus.

4) Qual a importância de uma iniciativa como essa para a instituição que representa? Que contribuições o CLAEM e a ALAEMUS trouxeram para a sua instituição?

A possibilidade de contatar outras escolas latino-americanas com interesses comuns, o que gerou projetos de intercâmbio e uma maior conscientização sobre a grande riqueza musical que existe na região, são os pontos mais relevantes da associação.

5) Como o EMC foi desenvolvido? Como foi a fundação da escola até a chegada e associação com Berklee?

A EMC começou em 1997 e fez parte da Rede Internacional Berklee desde o início. Isso se deve ao fato de eu ser o primeiro Berklee Alumni Representative (BAR) internacional desde 1988 e encarregado de divulgar e aconselhar muitos estudantes argentinos que desejavam estudar em Boston.

Realizei encontros informativos e também coordenei eventos da Berklee na Argentina desde 1989, o que tornou natural a participação da EMC depois de tantos anos de trabalho conjunto e de um projeto educacional já planejado há muitos anos.

6) Qual é o foco central da EMC hoje?

Nosso foco é um ensino dinâmico de música popular contemporânea que abrange estilos que vão do jazz à música mais tradicional, passando pelo folclore argentino e latino-americano, tango, fusion, rock e pop. A ideia é profissionalizar o estudo da música para que nossos formandos tenham boas ferramentas para responder às demandas que irão enfrentar. E também fazemos um trabalho cada vez mais intensivo na área de Produção Musical.

https://youtu.be/l7iprMgs-jk

7) Como está o desenvolvimento profissional do músico argentino em termos de perspectivas e atuações no mercado local e nacional?

São muitos os teatros e pubs / bares onde se apresentam e, embora por vezes as condições de contratação não sejam as ideais, permitem aos músicos reconhecer as suas propostas com maior regularidade e de forma cada vez mais massiva.

8) Como a formação universitária contribui para a atuação do músico argentino? E quanto esse intercâmbio proposto pelo CLAEM pode contribuir mais?

Cada vez mais jovens músicos estudam sabendo que desta forma poderão enfrentar as atuais exigências do mercado de uma forma menos exitosa. A interação entre as escolas Alaemus favorece esta formação, permitindo aos alunos enriquecerem com outras culturas ao poderem realizar intercâmbios educativos.

Muito obrigado Marcelo! A formação de uma geração de músicos mais instruída e informada é um objetivo que temos em comum. Logo nos vemos! Obrigado por esclarecer o caminho argentino para a Berklee! Abraço

João Marcondes

Me segue no instagram! @joaomarcondesoficial

#VemProSouzaLima