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História da Música – Óperas em ária, coro e abertura

História da Música – Óperas em ária, coro e abertura

Nessa publicação trataremos de aspectos referentes a Ópera, seguindo as publicações de história da música com intuito de orientar ao vestibular.

Ópera é um gênero artístico composto. Obra dramático-musical, desprovida de partes faladas.

Acompanhada de orquestra, a ópera é composta por árias, coro, duos, trios, e quartetos, recitativos, e ocasionalmente dança em forma ballet.

Coube a Ópera o desenvolvimento das primeiras partes instrumentais livres, conhecidas como prelúdios, na tradição da música escrita. E que tomaram forma a seguir como obras independentes, que se considera o embrião da música instrumental.

Ao longo da publicação avalie o que é ária, coro, e recitativo, partes primordiais do gênero da Ópera.

Em primeiro lugar o recitativo, aprenda ouvindo:

O embrião da Ópera está no renascimento, o que contribuiu diretamente para com os compositores venezianos. Consolidando-se como repertório composicional dos autores de música escrita, apenas no período Barroco com Cláudio Monteverdi (1567 – 1643) – considerado um transpositor de linguagem da prática polifônica renascentista para técnicas mais livres quanto a organização da composição, típica do período Barroco.

Grandes Operistas:

Do Barroco: Com centro cultural estabelecido na Itália, os primeiros operistas então são italianos.

https://www.youtube.com/watch?v=sxVcZqzJL5A

Cláudio Monteverdi (1567 – 1643) como fundador e Francesco Cavalli (1602-1676) que diminuiu a importância do coro imposto por Monteverdi, utilizando de duos, trios e quartetos. E a seguir com destaque Alessandro Scarlatti (1660 – 1725).

A ópera compreende valores composicionais próprios, que trafegam sob linguagem, valores e desenvolvimento distintos da música erudita instrumental. A troca de período de certo modo possui outra relevância. Por exemplo, para a ópera: a democratização dos centros operísticos, o desenvolvimento de novos compositores em novos países, o rompimento da exclusividade dos compositores italianos.

Jean-Baptiste de Lully (1632 – 1687) é um compositor italiano, naturalizado francês, que fundou e contribuiu massivamente com a Ópera em Paris. Nascido Giovanni, Lully abriu precedente histórico para o reposicionamento dos centros operísticos.

Georg Friedrich Händel (1685 – 1759) foi um compositor alemão, naturalizado britânico, barroco, contemporâneo a J.S. Bach que compôs tanto música sacra quanto profana, na representação a Ópera. De uma sensibilidade impressionante.

Rinaldo, em sua ária, parte solo, possui o contínuo como característica barroca, observe a sonoridade do Cravo.

Do Clássico ao Romântico: Em uma recomposição geográfica que abarca inclusive o Brasil.

Como anteposição, a composição de origem alemã reformulou de certo modo o drama lírico. E é o primeiro compositor não italiano a ingressar no panteão dos grandes operistas é: Christoph Willibald Glück (1714 – 1787).

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) compositor de música instrumental, amplamente reconhecido e aclamado, também compôs Óperas com reconhecimento. Don Giovani, As bodas de Fígaro e  A flauta mágica, são excelentes exemplos.

Ária a Rainha da Noite, de A Flauta Mágica.

No século XVIII já se dividia a Ópera em Séria e Bufa, o que abriu precedente valioso as composições de Gioachino Rossini (1792 – 1868). Compositor italiano de um repertório operístico consagrado.

Richard Wagner (1813 – 1883) é um compositor alemão de reconhecida reconfiguração estética, por texturas harmônicas e orquestrações. Modernizador que influenciou de maneira direta a vanguarda do final do século XIX e início do século XX, como Richard Strauss e Igor Stravinsky.

Giuseppe Verdi (1813 – 1901) é um compositor italiano, de reconhecimento internacional. Um dos principais compositores de ópera da história. Pelo contínuo de seu repertório. Óperas como La Traviata e Aida estão entre as obras mais executadas do gênero. Entre as árias mais conhecidas entre leigos em música.

Geoges Bizet (1838 – 1875) é um compositor Francês, dedicado a Ópera, desenvolveu-se plenamente em sua obra prima Carmem, repertório dos mais reverenciados entre as casas de Ópera do mundo. Recentemente utilizada como trilha sonora do filme animado UP – Altas Aventuras.

Antônio Carlos Gomes (1836 – 1896) é um compositor brasileiro, nascido na cidade de Campinas – SP. De tradição italiana, foi considerado um dos maiores operistas do século XIX. Sua obra mais reconhecida: o Guarani.

Heitor Villa-Lobos e Mozart Camargo-Guarnieri também compuseram Óperas, embora em cada qual, suas obras notáveis estão para a música instrumental.

Giacomo Puccini (1858 – 1924) é um compositor italiano. Madame Butterfly e La Bohème. Extremamente melodioso, cuja expressividade transcende os alicerces da música instrumental.

Richard Strauss (1864 – 1949) é um compositor alemão, também operista, compôs obras relevantes que tomaram sob influência até mesmo a composição de trilhas sonoras. Como exemplo: Assim falou Zaratustra, que compôs a trilha sonora do filme 2001: Odisseia no espaço de 1968.

Igor Stravinsky (1882 – 1971) é um compositor russo, que dedicou-se amplamente a composição de tradição escrita. Reconhecido pela música instrumental e balé, também compôs Ópera com estilo que lhe é peculiar. Observe a sonoridade das frases em antítese com a visão diatônica anteriormente estabelecida como linguagem comum, que iniciou em ruptura com Wagner.

Questão Vestibular – Publicada em um segundo artigo, sobre redação.  Leia aqui!

Em um vestibular da USP havia a questão: “Cite três grandes operistas”.

O aluno entre os escolhidos lembrou-se de L. V. Beethoven (1770 – 1827), sem dúvida um imenso compositor da música erudita, mas que fez apenas uma Ópera.

Sua única ópera Fidélio possui realmente um coro maravilhoso.

Acima estão operistas relevantes da história da música. Claro, evidentemente, o gênero possui diversos outros autores. Vale aqui certa inclinação ao repertório mais reconhecido auditivamente, e que pode estabelecer ecos para as atividades do vestibular.

Evidentemente as árias se tornaram repertório dos grandes cantores, dissociada de sua finalidade original. Pela beleza e pela delicadeza. Pela expressividade.

Adendo:

E como não tratar da composição de Carl Orff (1895 – 1982), compositor que projetou e realizou sua obra no século XX. Autor de Carmina Burana, uma cantata encenada, algo que converge de certo modo com a ópera.

#VemProSouzaLima

Publicado em 2018, ampliado e revisado dia 15 de junho de 2022.