Há uma melhor música brasileira?

Há uma melhor música brasileira?

A composição popular brasileira transformou-se em 160 anos! Digamos que seu primeiro suspiro se deu no século XIX, no meio século. E que a música brasileira, como composição, se consolidou no princípio do século XX, com Pixinguinha.

Qualquer lista feita com compositores terá algo que envolve gosto pessoal. Se um é preferido em relação ao outro é pessoal. Você não pode interferir na personalidade, é verdade, mas podemos definir a priorização por valores predefinidos, como o quanto uma obra reverbera nas demais, aquelas que virão a seguir.

Há uma melhor música brasileira? Não, há gosto, e uma tentativa de elencar pro algum critério. A famosa lista pra gringo.

Publicar a composição brasileira em apenas quinze nomes é um desafio, que seguirá os seguintes critérios:

1) Importância reconhecida para o período posterior.

2) Importância devido à influência para a consolidação de novas obras.

3) Desenvolvimento estético que amplie de forma harmônica, melódica e até rítmica – os valores do fazer musical brasileiro.

É considerado precursor da música brasileira, como compositor, Domingos Caldas Barbosa – compositor do século XVIII, mas a música que fazia a minha vista está distante de ser brasileira ainda. É mais um furor português!

Então para mim, a primeira geração a consolidar ao menos lampejos de música brasileira é composto por:

Joaquim Antônio da Silva Callado, Chiquinha Gonzaga e Ernest Nazareth

Segunda geração: Pixinguinha – o primeiro a produzir apenas música brasileira em sua obra. E ainda Ary Barroso, Noel Rosa e Dorival Caymmi – doendo deixar de lado Wilson Batista e Geraldo Pereira. E até o mestre Cartola e Ismael Silva.

Terceira geração: Tom jobim e Baden Powell. E com certeza: Vinícius de Moraes – que o que produziu tem seus momentos, não me agrada, mas entendo que ele suavizou a composição popular brasileira – de letra e música.

Quarta geração: Edu Lobo, Chico Buarque, Jorge Benjor, Caetano Veloso e Milton Nascimento. E claro, Gilberto Gil – que chegou a declarar que pararia de compor por ter encontrado em Jorge Ben, no disco Samba Esquema Novo, uma arte que queria ter produzido. Imagina?

Não incluí João Bosco, é verdade, por considerar que ele está inerente a Aldir Blanc, como se estivessem equidistantes.

Os nomes de Vinícius de Moraes, Aldir Blanc, Paulo César Pinheiro e Paulinho da Viola não podem ser desconsiderados, cada um por um momento desenvolvendo os pilares do fazer musical da composição popular brasileira de letra e música.

E temos outros nomes de uma canção pura, das duplas caipiras, do samba tradicional. Mas eles ficam para uma segunda lista.

Ou o gênio da música instrumental de Garoto, João Donato, Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal. Ou ainda um Toninho Horta …

Vamos conhecer a música brasileira?

Para daí chegarmos no Guinga!

#VemProSouzaLima