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Há racismo na história da música brasileira?

Há racismo na história da música brasileira?

Há racismo na história da música brasileira?

Sem nenhuma dúvida, há e muito racismo na história da música brasileira.

Música brasileira de fato existe a um pouco mais de cem anos. Por que na visão desse pesquisador que vos fala, ser brasileiro não é rótulo para que se consolide fazer música brasileira.

Não se trata então de música feita no Brasil, ou feita por um brasileiro em algum lugar do mundo. A música brasileira reúne um conjunto de fatores rítmicos, melódicos, harmônicos e até referentes a estrutura e forma.

O primeiro músico a produzir música brasileira foi Pixinguinha, nome artístico de Alfredo da Rocha Vianna Filho – nascido em 23 de abril de 1897 e falecido em 17 de fevereiro de 1973.

E antes?

Antes de Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Callado e até Chiquinha Gonzaga, produziam lampejos de música brasileira intercalada a obras muitíssimo europeias em alguns dos requisitos acima elencados. E o mesmo que se diga dos músicos de tradição escrita, Nepumuceno ou Carlos Gomes.

Pixinguinha não, ele é o alicerce que sintetiza os progressos dos compositores que a ele antecedem, e que aninham os que a ele sucederiam.

As comemorações de seu nascimento deveria gerar um feriado nacional pela imensa contribuição que devemos ao maestro, compositor, arranjador, instrumentista da flauta e do saxofone tenor e produtor musical.

Pixinguinha, aliás, foi Músico que transitou entre a música instrumental e a música que se canta – composta com letra. E penso que é como deve ser a carreira de um músico brasileiro observando os alicerces que formam o que há de arte musical em nosso país, sempre lado a lado ao texto.

Para homenagear Pixinguinha deveria haver em cada Conservatório Brasileiro um busto. Destacando suas proezas e contribuições.

E não há, como também não há bustos espalhados pelo Brasil de Machado de Assis. Em 100 anos não nasceu alguém que tenha  estado a interagir com a música brasileira e contribuído tanto com instrumentistas, compositores, arranjadores e produtores musicais.

O reconhecimento internacional que Pixinguinha merece, não veio, mas nacionalmente é nossa obrigação reconhecê-lo e transmitir quem é o patrono da música brasileira.

Em um país como nosso pergunte para um músico negro se o percurso dele foi o mesmo que de um músico branco. Vamos mudar o Brasil!