Existe uma tonalidade que não seja nem maior nem menor?

Existe uma tonalidade que não seja nem maior nem menor?

Existe uma tonalidade que não seja nem maior nem menor?

Não!

O que existe são outras possibilidades de se fazer música que nem estabelecem um tom maior e nem um tom menor. Ainda é possível trabalhar de maneira híbrida, com tom maior e menor coexistindo, a ponto de gerar dúvidas na percepção, e nem estou falando de modulação. Algo impressionista, realmente.

A música modal, que relaciona as alturas com modos, de maneira melódica como uma música medieval, ou que atue de uma maneira harmônica (pós-jazz de 1950) sem utilizar relações de trítono e sensíveis que estabelecem as tonalidades, também é uma opção contra o sistema de tonalidades maior/menor.

E ainda há a música atonal, ou seja, aquela que discorda das relações hierárquicas entre as notas propriamente. Reconfigurando coleções que quebram o paradigma organizacional de uma tonalidade. Exemplos estão na música serial e serial dodecafônica de Arnold Schoenberg ou Anton Webern. Na música brasileira, por exemplo, Arrigo Barnabé misturou vanguardas com ritmos brasileiros e ritmos e até gêneros da música internacional.

Existe opção para não atuar com as vinte e quatro possíveis tonalidades. A questão é: para que fazer? É uma opção estética? Ou apenas uma curiosidade.

Eu particularmente embora aprecie a invenção do dodecafonismo de Arnold Schoenberg, prefiro as composições de Webern utilizando o conceito renovador de Schoenberg. Mesmo trabalhando com o mesmo material, parece aos meus ouvidos, que Webern foi capaz de conceber um universo mais interessante sobre o conceito estético (e até social, mas isso é assunto para outra publicação).

Vimos então que há opções, mas que não formam tonalidades, são outros conceitos.

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#VemProSouzaLima