Existe musicalização para bebês?

Existe musicalização para bebês?

Existe musicalização para bebês?

O que chamam por aí de “musicalização para bebês” na verdade é uma atividade de recreação estabelecida entre monitor, os pais (ou responsáveis) e seu bebê. Conectar-se com familiares, apenas não é uma atividade com comprovação científica de musicalização.

Não há nenhum embasamento ou estudo reflexivo que estabeleça a Musicalização para Bebês como programa de musicalização.

Evidentemente monitores e até escolas propõe o programa buscando evidenciar os benefícios da prática musical em prol da formação da criança. Infelizmente aparentam com enlaces comerciais exclusivamente.

Não há estudos realizados com profundidade sobre o assunto, é verdade, o que poderia receber aquele argumento de que “mal não vai fazer”.

O importante é ser claro, para que o emprego do termo musicalização não seja mal visto no futuro, para outras faixas etárias da primeira infância entretanto muito mais funcionais.

Esse estudo que me refiro deveria ser produzido separando vinte bebês em dois grupos. O primeiro grupo com dez bebês passando por esse processo de “musicalização”.

O contrário o segundo grupo sem passar, e que isso demonstra-se frutos para a formação em música, ou através da música. Acompanhando ambos os grupos até a adolescência.

A partir dos três anos há estudos que comprovam os benefícios da musicalização infantil!

A “musicalização para bebês” é apenas uma atividade recreativa, e isso não é pejorativo se a idéia é promover uma conexão familiar, principalmente entre os pais e a criança. Como natação para bebês, o objetivo de fato é conectar a família, não ensinar o nenê a dar braçadas.

O cerne da questão, como mencionei, é utilizar o termo musicalização. Se estes “cursos” possuem proposição indireta sobre os aspectos da música não os faz consolidar os objetivos claros percebidos quando alcançados em idade apropriada.

Na musicalização se espera desenvolver a percepção, o solfejo, a coordenação motora fina, a coordenação motora grossa. O pai pegar o braço da criança e movimentar não ocasiona nenhum efeito motor no bebê.

Os principais educadores musicais da história da música desconsideraram em suas metodologias a prática de “musicalização para bebês” (Orff, Dalcrouze, Kodally).

O método Suzuki, famoso educador, é dos poucos que tratam da formação preliminar de bebês, mas o termo adotado não é musicalização.

O termo deveria ser algo como estimulação musical para bebês. Está em voga a sonorização, a vocalização materna, o reconhecimento da voz familiar. São artíficios muito mais próximos de uma ação cotidiana do que de uma prática com pretensão musical.

Opinião?

Como educador, que possui licenciatura em música, especialização docente, mestrado em educação, experiência em formação, e que desenvolveu um método completo de formação musical, a partir dos cinco anos, se você me perguntasse se existe musicalização para bebês, a resposta para mim é direta: não!

Estimular um bebê através da música não é musicalizar, e mais ainda um curso contribuir, como muitos vendem por aí, com a cognição de um bebê.

Pense bem que é muita pretensão tamanha contribuição em uma hora de atividade coletiva ou mesmo que fosse individual.

O que parece em diversos casos é que são monitores de música, muitas vezes sem formação em educação – nem musical nem pedagógica, menos ainda em áreas da psicologia e musicoterapia -, procurando nichos de mercado para complementar sua renda mensal.

Este tipo de curso é perfeito se o pai ou responsável estiver procurando por recreação, conexão com a criança, o que imaginarmos por este percurso.

Mas não se enganem, porque não há nada que comprove os benefícios da música quanto a cognição e musicalização que não seja exclusivamente falácia e senso comum no trabalho com bebês de zero a três anos.

Verifique a ação antes de compreender a reação!

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