14 jun Entrevistas com músicos
A série faz uma breve pausa com intuito avaliativo! Já foram 17 entrevistados! E serão 20 nomes do gênero masculino, a seguir a série Quero ser musicista, apenas com o gênero feminino.
De gênero feminino já estão publicadas, leia cada uma, é objeto para orientação profissional. Com esse intuito as entrevistas foram realizadas.
Quero ser músico tem publicadas Leopoldo Calderon (educador e instrumentista colombiano), Óscar Stagnaro (educador e instrumentista peruano, docente da Berklee), Maurício Bussab (empreendedor e proprietário da maior distribuidora de música independente do Brasil – Tratore), Paulo Serau (arranjador e instrumentista), Rodrigo Morte (arranjador, compositor e educador), Marcelo Coelho (educador, pesquisador e instrumentista), Roberto Menescal (compositor, instrumentista e produtor musical).
A seguir tivemos Tiago “Big” Rabello (engenheiro de som, instrumentista e produtor) , Ivan Freitas (empreendedor), Nelson Faria (arranjador, instrumentista, e educador), André Faleiros (produtor musical do Cirque du Soleil e instrumentista), Alessandro Penezzi (instrumentista e compositor), Conrado Paulino (instrumentista e educador), Antônio Mario Cunha (empreendedor), Daniel Tapia (pesquisador, educador e engenheiro de som), e Adonias Jr (produto e engenheiro de som). Em ordem decrescente, cronológica.
O BLOG procura extrair de seus entrevistados lições para auxiliar na carreira de estudantes de música, futuros profissionais da área.
E tivemos muitas lições:
“Saber tocar instrumentos com profundidade faz o engenheiro de áudio saber o que o músico espera como resultado da interação homem-instrumento, e isso instiga a percepção auditiva e a procura pelo resultado.” Adonias Jr, sobre a carreira do engenheiro de som.
“O ambiente acadêmico é muito fértil para o estudo e formação do Músico, mas não compreende tudo. Especialmente a experiência adquirida no exercício da profissão, que tem uma importância imensa. Creio que, durante a graduação, seja muito interessante a experiência de prática musical fora da faculdade.” Daniel Tapia, sobre a formação em ambiente acadêmico.
Cada entrevista pode trazer o complemento que falta ao seu desenvolvimento.
E sobre a área da educação musical, o diretor geral do Souza Lima, Antonio Mário Cunha declarou:
“Sobre tudo foco e determinação, pois, é uma área singular e muito personalizada. Para obter resultados positivos precisamos de compromisso com a educação musical e em especial com a formação acadêmica.”
“…somar é essencial e por isso, devemos estar prontos para ser um instrumentista ou ainda professor e ou ainda, desenvolver sempre mais do que uma carreira dentro da música.”
Somar! Esse é o ponto que parece comum entre os entrevistados da série até o momento.
“Além das recomendações tradicionais – estudar muito e ouvir mais ainda – eu diria que o novo músico tem que dedicar um tempo para “network”, ou seja, fazer e cultivar relações públicas, estabelecendo contatos profissionais e aprendendo a lidar com a parte de promoção e marketing do próprio trabalho.” – declarou em sua entrevista o violonista e educador Conrado Paulino.
E que complementou e concordou o reconhecido violonista Alessandro Penezzi:
“A formação de um músico profissional está muito mais atrelada à sua própria vontade do que outra coisa. Ele tem que praticar muito para tocar bem, buscar conhecimento e formação, ser empreendedor para poder gerir sua carreira.”
Formação!
O músico André Faleiros, brasileiro, a frente de importante projeto do Cirque du Soleil complementou na questão da formação:
“Difícil de comparar, creio que a formação depende muito do esforço que o estudante põe em sua formação. Algumas instituições como Berklee School Of Music, Julliard ou Codart na Holanda são excepcionais, sobretudo pela qualidade dos professores e intensidade do programa, incentivando a versatilidade dos instrumentistas em termos de estilos musicais.”
É fato que a formação evoluiu muito no Brasil, tanto para a música erudita, quanto para a música popular (talvez ainda mais). Novas carreiras existentes ganharam cursos regulares, e sem contar com o fenômeno da internet.
“Hoje a formação no Brasil é bem mais acessível do que na minha época. Atualmente existem escolas, cursos e a própria internet que dispõem de conteúdos para a formação do luthier. Para ser um bom luthier é preciso ter muita dedicação, comprometimento e excelência profissional, seja para uma simples regulagem ou algo mais complexo na confecção integral de um instrumento.” –afirmou Ivan Freitas, músico-luthier e empreendedor.
Faculdade e estudos
Eu, João Marcondes, que além do blogueiro aqui, atuo como coordenador da pós em Educação Musical da Faculdade Souza Lima, entre outros cursos, sou pesquisador, arranjador, compositor, produtor musical, e educador. Inevitável dividir o tempo, e esse tempo é parte de um processo mais amplo, ao passo que tudo é música, mas tudo depende de ações individuais também. Respeitar os momentos, e desenvolver uma ação ética é fundamental em uma carreira tão complexa.
Tiago Rabello, baterista, música-instrumentista, engenheiro de som, afirmou algo que é premissa para o músico contemporâneo:
“Estudar muito, mas ouvir muito também. E nunca deixar de tocar aquilo que te move, por mais que esteja trabalhando com outras coisas.”
E para encerrar nada melhor que seguir o mestre Roberto Menescal:
“Tem que estar mais preparado, pois o mercado é muito mais competitivo hoje.”
Leia as entrevistas na íntegra. Basta seguir a barra de entrevistas em nosso BLOG, e se deliciar com esse intenso aprendizado. Aqui estão citados apenas alguns momentos! A série vai caminhar agora para a música erudita. E também vamos procurar a visão feminina da formação e atuação do musicista.
Até já!
#VemProSouzaLima