Educador musical brasileiro em experiência internacional – CLAEM – COLÔMBIA

Educador musical brasileiro em experiência internacional – CLAEM – COLÔMBIA

Educador musical brasileiro em experiência internacional – CLAEM – COLÔMBIA

Regresso ao Brasil ainda hoje após treze dias de intensa atividade musical em Bogotá, Colômbia. Quais lições um educador musical brasileiro extrai em experiência internacional?

Em primeiro lugar é preciso destacar a dificuldade expressiva no fator altitude, são 2600 metros, e a falta de ar, dor de cabeça e até náuseas, dificultaram o trabalho, e demandaram certa adaptação.

O CLAEM é um Congresso Latino-Americano de Escolas de Música, que compreende instituições de programas livres, técnico, faculdades e universidades. Em 2019 participaram quarenta e duas instituições, de dezoito países. O Brasil era um deles, e o SOUZA LIMA como instituição fundadora, o representava.

X CLAEM

Foi o décimo CLAEM (na escola EMMAT, também parceira da Berklee), e eu pessoalmente estou em minha quinta participação. Já participei efetivamente do congresso no Brasil, em duas oportunidades, 2015 e 2018, no México em 2016, na Argentina em 2017, e agora na Colômbia em 2019.

Neste CLAEM realizei quatro palestras diferentes (1| Instrumentos da percussão brasileira aplicados para improvisação, composição e arranjo (realizada três vezes, em três instituições); 2| Inventário Melódico – um estudo sobre a melodia da música brasileira; 3| Método Universo dos Sons, e SL Educacional – destinado para diretores das instituições participantes; 4| Estudar música no Brasil), ainda participei da palestra de improvisação como convidado do guitarrista Argentino Ale Demogli, e lecionei práticas de conjunto de música brasileira para o estudantes participantes do Congresso.

Imagine lecionar sobre a música de seu país para estudantes de origens diferentes? Nessa prática de conjunto havia uma baterista Dominicana, um contrabaixista colombiano, e uma contrabaixista mexicana, um guitarrista colombiano, e outro equatoriano, uma cantora argentina, e uma cantora mexicana.

O idioma é o menor dos problemas, quando precisamos estabelecer linguagem.

A música é um valor de comunicação universal, sem dúvidas, mas a linguagem, principalmente para a música popular, se estabelece de maneira diversificada, e que evoca a oralidade. Aprender de maneira oral se leva em conta ouvir e ver. E por esse ponto partimos.

  • O conhecimento sobre as práticas da música brasileira é fundamental para a consolidação do educador brasileiro em experiência internacional.
  • Dominar um instrumento, o seu instrumento, e as peculiaridades que o constituíram historicamente. É um excelente início.
  • Conhecer o idioma e as peculiaridades que o envolvem na ação letiva. Ou seja, não é apenas falar, é preciso estar pronto para responder, compreender e ser compreendido. E principalmente através dos meandros técnicos da linguagem que procura.

Pude aprender mais uma vez sobre comportamento. Embora vivemos no mesmo continente, somos nações totalmente distintas. E é primordial possuir resiliência. Educar não é fácil.

Problemas

Hoje há diversas situações que confrontam a aprendizagem – é preciso aprender a ensinar tanto quanto ter conhecimento para tal. Educar fora do Brasil e a estrangeiros, não é o mesmo que educar brasileiros. Não se abstenha de dedicar-se a diversas matrizes metodológicas, ouça mais do que fale, para que a interferência seja certeira quando realizada.

 

Preparei três atividades para as práticas de banda do CLAEM X. Não consegui realizar nenhuma. Precisei reprogramar, me adaptar aos estudantes. O resultado agradou, e me agradou, e isso é fundamental.

As palestras são objetivas, organizadas previamente. E a partir desta organização adaptar a atividade ao público. Agrada-me realizar ações participativas. O ouvinte, expectador, está ali e para tal pode acionar, dentro de certo controle e objetivo, interagir.

Estamos aqui em mais um ponto, precisamos ter controle sobre as ações realizadas para que uma intervenção participativa não destrua sua palestra. É fundamental preparar-se para variações, afinal ninguém consegue segurar ar com as mãos, a não ser que possua algum preparo – objeto e técnica.

 

Em 2020 o desafio será na República Dominicana, na cidade de Santo Domingo.

Desta vez foram 200 estudantes atendidos! Contribuir com a formação de tantos músicos sempre foi para mim um objetivo profissional.

Todo estudante do Souza Lima pode de alguma maneira participar. Então? #VemProSouzaLima

#VemProSouzaLima