Devo considerar orientações de extensões de acorde em uma cifra?

Devo considerar orientações de extensões de acorde em uma cifra?

Devo considerar orientações de extensões de acorde em uma cifra?

Nunca me esqueci de uma apresentação na França em que acompanhava um compositor brasileiro muito especial. O show ocorreu em três blocos, e nos intervalos entre blocos, o público pedia para tocarmos Garota de Ipanema.

O artista disse que tocaria, ele um músico de violão muito simples, e perguntei se sabia a harmonia de fato. Ele disse que sim. Eu mesmo assim sugeri que apenas cantasse.

Na volta a música começou e ele tocando e cantando a música apenas com tríades e quando possível somava com uma sétima. Foi dantesco. O público amou.

Eu mesmo tocando guitarra tive que entrar no embalo e tocar pouquíssimas notas para não conflitar com o violão base. Imagina o primeiro acorde da segunda seção tocado como tríade, com a melodia na sétima maior. Se o tom Fá maior, fez que o primeiro acorde da segunda seção fosse um fá sustenido maior.

Devo considerar orientações de extensões de acorde em uma cifra? Sim. Tem músicas que são construídas com base na harmonia, e elas devem ser respeitadas sem sombra de dúvidas.

Mas sempre digo isso e sigo afirmando conforme o exemplo, o público amou, cantamos, tocamos o ritmo, o pessoal dançou e cantou feliz.

 

E a música em questão são mais sétimas que nonas, décimas primeiras e décimas terceiras.

Creio que antes de preocuparmo-nos com tantas questões harmônicas, nós devemos ter atenção com uma boa apresentação rítmica, uma excelente interpretação melódica, a música vive aqui. Mas a harmonia tem sim que fazer parte dos nossos estudos.

#VemProSouzaLima