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Devemos estudar música apenas por tablatura?

Devemos estudar música apenas por tablatura?

Devemos estudar música apenas por tablatura?

Como educador com experiência atuando desde 2003 como docente do Souza Lima, e desde 2010 como coordenador pedagógico, venho acompanhando recitais, observando o desenvolvimento dos professores e alunos, e posso afirmar que não devemos estudar música apenas por tablatura. Vamos entender o motivo?

O ensino musical está organizado em duas frentes de aprendizagem: 1| de Tradição Oral 2| de Tradição escrita.

A Tradição Oral é aquela que promove aprendizagem por observação sensorial – apenas auditiva ou apenas visual, ou composta como visual-auditiva. A aprendizagem oral se consolida ao ver alguém tocar, ou ouvir alguém tocar, em tempo real ou em alguma espécie de registro fonográfico, apenas musical ou audiovisual.

A aprendizagem de viés oral é de observação.

A articulação de aprendizagem oral pode ser apoiada por uma orientação de um docente ou alguém que domina a prática do que você pretende desenvolver. E mesmo que a oralidade seja importante, e mesmo um docente de ensino superior em música faz uso dessa estratégia de aprendizagem tanto quanto um popular, existem problemas para um desenvolvimento exclusivo, mas que é assunto para outra publicação.

A Tradição Escrita, por sua vez, é aquela que se estabelece por símbolos. Veja então que a partitura e a tablatura estão no mesmo campo de aprendizagem humana.

A tablatura se apresenta como forma escrita perante consolidação geográfica. A partitura por alturas. A tablatura trata de onde estão os sons independente de que sons sejam. A partitura se preocupa com os sons identificando alturas e estabelecendo paralelos mais fiéis a compreensão de música.

Veja que a tablatura se estabelece em seu aprendizado como tradição escrita, de um conhecimento simbólico, do mesmo modo mesmo que com outros artifícios mora a partitura. Então?

A tablatura é uma excelente forma de comunicação musical principalmente para instrumentos de corda, cujas alturas idênticas se repetem ao longo do instrumento.

Não é descartar a tablatura, é ter ciência de que a tablatura deve ser adotada em casos específicos, e se possível composta com a partitura. A partitura não é um bicho de sete cabeças. E dominá-la te dará acesso a um universo de possibilidades.

Não devemos estudar música apenas por tablatura, mas devemos tê-la como aliada. Como observador da educação musical, quem estuda apenas por tablatura se limita a comunicação coletiva da música que se dá através da partitura.

No Souza Lima, como curso livre, vi estudantes avançarem mais através da partitura do que através da tablatura, quando ambas são utilizadas com exclusividade.

Legal!

#FiqueEmCasa, e depois?

#VemProSouzaLima