20 out Como organizar o tempo para estudar música?
Como organizar o tempo para estudar música?
As atividades vão se acumulando, mais e mais, e o tempo de estudo ainda está inadequado. Cansaço das atividades diárias e a música vai ficando em último plano.
“Para que mesmo eu estudo música?”
Essa é a pergunta que proponho aos estudantes de música com fim profissionalizante e com finalidade amadora (resultante de amar)!
Normalmente a resposta mostra a devoção que temos pela música. O amor que vem de longuíssima data. A paixão e o encantamento por quem domina um instrumento musical. Para quem faz da música arte. Ou para quem vive a vida em música.
Estudamos por que gostamos, correto? E se gostamos por que não nos organizamos?
Os motivos são sempre muitos: Festas. Encontro de amigos. Trabalho acumulado. Tarefas da escola, faculdade.
Eu estudo música todo tempo que estou acordado. Nem sempre com as mãos no instrumento, ou compondo, ou arranjando, ou produzindo. Estudo música ouvindo no carro em todo tempo que lá estou. Ou trabalhando escrendo para nosso BLOG.
Analiso auditivamente cada música, procuro solfejar linhas melódicas com ouvido interno ativando a memória musical. E para então ao ouvir qualquer música responder certas questões:
Qual métrica? E a tonalidade? E agora a estrutura? Houve introdução?Possui solo? Quais instrumentos compõe o arranjo? Qual o andamento em BPM(batidas por minuto, em português)? Houve modulação? Se sim, para onde?Quantos compassos possui a música?
E tudo isso independente do gênero. Ou estilo.
Feito. Respondida as questões da primeira música, nova música e esclareço as mesmas perguntas, o que nem sempre acerto, mas a todo momento desafio meu ouvido musical.
No começo até anotava para conferir com mais calma depois, de posse do instrumento, no entanto, hoje procuro mais analisar no momento e confiar nessa evolução.
Ouvir música analiticamente é uma expertise que precisamos desenvolver.
A experiência estética será determinante para a formação do músico em qualquer área de atuação. E dessa análise virá de forma inteligente as conquistas do âmbito musical.
E quanto ao instrumento?
Muitos alunos que iniciam a prática musical organizam mal seus estudos. Alguns demoraram a recuperar o que foi aprendido em aula, por exemplo, tiveram sua aula na segunda-feira, e apenas no sábado voltam a praticar. Muito se perde nesses dias. Muito mesmo!
Outros alunos procuram somente um dia por semana e estudam o máximo possível para compensar, por tanto a prática de um instrumento deve ser diária. Claro que podemos falhar um ou dois dias naturalmente o que será bom para corroborar nossas sinapses. Só que para o aluno iniciante o preparo fisiológico será obtido apenas na repetição. Hoje dez minutos, amanhã quinze, e depois vinte minutos, quarenta a seguir.
Utilize o tempo diário que possui com disciplina e organização em completa concentração e observará o resultado positivo que virá.
Se conseguir essa evolução da concentração sem concorrência da atenção das redes sociais, internet, TV, a progressão ampliará sua possibilidade de estudo. E sua satisfação surgirá rapidamente.
Mas se pode estudar mais tempo deve-se construir o período aumentando progressivamente até atingir o objetivo almejado. E mesmo quando chegar ao tempo máximo que possui intercale 50 minutos de estudo com 10 minutos de intervalo. Reinicie repetindo esse padrão pelas horas que tiver disponível dia-a-dia.
Eu, por exemplo, organizo meus estudos em tópicos. E esta é a dica mais importante!
Mão direita em dez minutos, e depois escalas em dez minutos, arpejos em mais dez minutos, acordes em dez minutos, repertório em dez minutos. Interrompo e inicio ampliando o tempo de repertório e diminuindo o tempo dos demais tópicos. Sonoridade. Novo repertório. Até atingir o limite na agenda que hoje possuo, atualmente três horas por dia, cinco vezes por semana de prática de instrumento.
No dia-a-dia acrescento um novo desafio a prática musical que pode ser em andamento, em movimento, ou em leitura.
Como estão seus estudos? Que seja proveitosa a prática musical! Organize-se!
#VemProSouzaLima
Artigo publicado em 9 de novembro de 2017, atualizado e revisado em 13 de janeiro de 2020.