Como o timbre ocorre na partitura?

Como o timbre ocorre na partitura?

Como o timbre ocorre na partitura?

Primeiramente é importante definir o que é timbre e como esse elemento físico do som, tão importante, se comporta em obras musicais.

Timbre é um valor fundamental para o desenvolvimento musical ocidental. Trata-se da característica que determinado instrumento possui, quanto ao material que é produzido e a maneira em que o som do instrumento é produzido – se por movimento de corpos elásticos, cordas, se pelo movimento do ar, ou se por percussão.

Timbre também é parte de uma experiência estética, consolidada no século XX por técnicas expandidas para os instrumentos. Entende-se técnica expandida por maneiras de execução que rompem com a tradição estética e técnica de um instrumento musical.

Neste caso, das técnicas expandidas, o timbre fica explicado em bulas e mais bulas anexadas a uma partitura, mas é importante ressaltar, que o elemento físico do som que define a coloração ou característica, está presente na história já quando inocentemente começamos a destinar a partitura para um determinado instrumento.

O timbre passou a coexistir com os parâmetros físicos da altura e da duração na medida que os instrumentos adquiriram partituras individuais alguns séculos atrás.

E as vozes?

Reconhecer uma voz sabemos? Sim! Pela altura, mas pelo som emitido também é possível, e dessa maneira ali está a composição por timbragem.

E os instrumentos?

Reconhecer um instrumento sabemos? Sim! Pelo hábito de ouvir um repertório tão diversificado identificamos os instrumentos musicais por sua característica!

A música do mundo possui milhares de instrumentos em seus timbres tão característicos, e os que são habituais entre os agrupamentos tradicionais e o mercado fonográfico são facilmente reconhecidos mesmo por um leigo.

A música fonográfica dos dias de hoje limitou nossa audição reduzindo os timbres que somos confrontados, ou que éramos algumas décadas atrás – da música fonográfica urbana, é verdade são ainda baterias, percussões, guitarras, violões, contrabaixo elétrico, e acústico, o piano, teclado, saxofone, flautas, trompete e trombone.

Vozes tão variadas, mas poucas perante a enormidade de timbres existentes no Universo dos Sons!

Qual o timbre de sua preferência?

Na prática musical aquele guitarrista que regula seu instrumento com tanto esmero! Com tanta paciência! Tantos e tantos botões! Está atuando perante o timbre, vide que é algo primordial!

Até mesmo quando vamos a uma loja escolher nosso primeiro instrumento, estamos ali ouvindo as variações de sonoridade (alguns erram em escolher pelo visual, é verdade), mas estamos atentos ao timbre.

Escolhido o violão, mesmo se pensarmos que o pai da guitarra, o violão já é possível (e necessário) extrair timbres em sua execução. E tudo isso com a posição das mãos atacando as cordas um pouco mais próximos do cavalete, ou mais distantes, aumentando ou diminuindo a tensão das cordas, ou do início, alterando o ângulo da mão que aciona cada corda. Experimente.

Por sua vez, o acordeom simplifica tudo na presença de seus botões, aqueles próximos ao teclado, que justamente alteram o timbre das teclas e alguns até dos botões. Basta selecionar e o timbre novo surge para o acordeonista.

Um acordeom simples possui duas ou três variações de timbre, um mais empoderado, dez ou doze variações!

O som de um instrumento se adéqua as práticas musicais, e com alguma habilidade conseguimos constituir todas as sonoridades passíveis de aplicar em uma obra musical, e presentes em nosso instrumento.

Eu gosto dos timbres, e por gostar, estudei ao longo da minha carreira musical mais de um instrumento, e procurando o som de fato dele. Não é tocar um cavaquinho como um guitarrista, é procurar tocar como um cavaquinista.

Aproveite esse infográfico que representa o Timbre tão propriamente! A cor do som!

O conhecimento é um caminho sem volta! #VemProSouzaLima