08 maio Como identificar meu nível no instrumento?
Como identificar meu nível no instrumento?
É comum separarmos as ações de um instrumentista em três níveis: iniciante, intermediário e avançado. E dentro desse coeficiente de nivelamento existem estágios.
Iniciante é o novo instrumentista, que ainda está se habituando ao posicionamento, embocadura, independência entre os membros superiores, ou superiores e inferiores no caso de um baterista.
O segundo estágio do nível iniciante, a posição já não é um desafio. É possível tocar algumas músicas, mas por pouco tempo, o novo instrumentista não possui resistência muscular.
O terceiro estágio do nível iniciante, a posição e a resistência já não são um desafio, mas o instrumentista ainda não é capaz de se preocupar com sonoridade, ou em princípios de resultado estético.
Troca de nível
A partir do momento que há uma preocupação estética iniciamos o que denominamos nível intermediário. Ou até melhor, a partir do momento que o educador pode atribuir ao discurso letivo valores estéticos, ingressamos no estágio intermediário.
O nível intermediário é o de maior duração. De certo modo é o momento que os estudantes ingressam em uma zona de conforto. Já é possível tocar algumas músicas, o desafio primeiro foi alcançado.
No primeiro estágio do nível intermediário, que podemos considerar dividir em quatro estágios, o estudante inicia aprofundamento ou priorização de estudos técnicos. A sonoridade é o motivo da vez.
Atingir o timbre em uma guitarra. Ou no movimento do violão. Saber constituir som ideal em uma bateria. Os músculos e a concepção estão andadas, cabe esse passo.
Verifique que em nenhum momento falamos de leitura. Estamos tratando da prática do instrumento, independente da abordagem metodológica.
Independência
No segundo estágio do nível intermediário, o estudante procura sua primeira independência. Quer tirar música sozinho, lendo ou de ouvido. Quer fazer suas próprias escolhas quanto a repertório, mesmo que não saiba devidamente orientar-se, a procura pela independência, para ele, é mais importante.
No terceiro estágio começamos a tratar de noções de interpretação, de improvisação, de arranjo, criar passa ser um ponto importante, mesmo que sob as diretrizes de uma peça totalmente escrita, o estudante tende a criar ou procurar criar formas de execução que lhe pareçam individuais.
No quarto estágio há um estabelecimento de como se toca gêneros e estilos diferentes. O que é tocar um samba, ou uma peça barroca. O que é tocar um choro, ou uma peça contemporânea.
Avançado
Finalmente atingimos o nível avançado. Onde se domina plenamente a técnica, onde se tem resistência, onde a leitura simbólica seja qual for não é problema, onde a sonoridade está resolvida, e se pode constituir aprendizagem por abstrações.
Questões que diretamente não fariam sentido ao estudante de nível iniciante ou intermediário, passam a ser corriqueiros. E do mesmo modo fundamentais para o desenvolvimento artístico.
Quem serei como artista? Como me posiciono no mundo como instrumentista ciente da obra que existe para meu instrumento? Questões de um estudante avançado.
Somos todos eternos estudantes. Da mesma forma que progredindo podemos regredir.
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