Como criar um arranjo?

Como criar um arranjo?

Como criar um arranjo?

Primeiramente é importante ressaltar as diferenças entre produzir um arranjo e uma adaptação. Simplesmente pegar uma obra de outrem e repetir cada detalhe adaptado para uma nova instrumentação ou para um novo instrumento definitivamente não é criar um arranjo.

Adaptar uma obra para outro agrupamento passa longe de ser demérito, mas é preciso pontuar o que de fato é cada uma das ações.

Arranjar é criar nova experiência a partir de um material de outrem ou próprio. Essa experiência está acima da instrumentação desenvolvendo-se, por exemplo, nas perspectivas de camada ao conceber um contracanto – uma melodia que responde a primeira camada, ao que se considera principal.

A experiência do arranjo também está na consolidação da forma, produzindo uma introdução nova, um interlúdio ou solo, uma finalização. Constituir convenções, produzir outras experiências estéticas com uma nova harmonia.

O passo a passo para criar um arranjo começa com uma transcrição adequada da obra que se pretende realizar. A seguir produza um mapeamento da forma definindo a espécie de introdução que se pretende desenvolver, tanto quanto se haverá seção instrumental – quando estamos produzindo algo que é pela totalidade ou quase que a totalidade fruto de música vocal. Finalize planejando a finalização que a obra pretende utilizar.

O segundo momento define a instrumentação que se pretende atuar, e por si as técnicas específicas dos instrumentos compostos do agrupamento desejado.

Por exemplo: violão, chocalho, tamborim, contrabaixo acústico e flauta transversal, acompanhando uma voz feminina.

Que instrumentos cumpre cada uma das camadas? Quem é protagonista, antagonista ou contínuo? A instrumentação precisa ser cruzada com a forma.

Na introdução o violão será protagonista, a seguir a voz assume esse papel, e ao longo da obra a segunda camada será realizada pela flauta transversal. Ao fim, flauta e violão são protagonistas na finalização.

E a instrumentação?

Na instrumentação é importante observar a perspectiva da audição humana entre 20 hertz e 20000 hertz (20khertz) escolhendo instrumentos que ocupem cada espaço de frequência de maneira adequada. O cuidado para que cada espaço de frequência seja bem ocupado é primordial.

Pronto! Mãos a obra, chegou a hora de escrever. Um arranjador desenvolve escrita precisa, preocupe-se com as tessituras explorando ao máximo sua criatividade.

Costumo dizer que é melhor trocar o instrumento do que cercear o processo criativo com uma preocupação demasiada em instrumentação, que mais inclusive ocasionalmente criar as linhas melódicas para depois definir a instrumentação.

Isso é parte do que estudamos no curso técnico de Processos Fonográficos – Ênfase em Produção Musical do Conservatório e Faculdade Souza Lima. Experiência amigos, eu possuo cerca de quinhentos arranjos publicados no mercado fonográfico brasileiro. Vamos estudar! Saiba mais aqui!

Que tal ouvir um arranjo meu dos mais recentes? Papel em branco e os instrumentos são as cores, vamos lá!

#VemProSouzaLima