27 maio A nossa música utiliza distâncias menores que um semitom?
A nossa música utiliza distâncias menores que um semitom?
Sim! Mesmo utilizando o sistema temperado a música ocidental em sua prática utiliza distâncias menores que um semitom.
Mas quais ocasiões? Adianto, que vamos falar especialmente de três ocasiões.
1| No vibrato
Quando vibramos uma nota com intuito de mantê-la de maneira mais linear atingimos variações de frequência menores que um semitom. Comas, ou microtons.
2| No BEND
Mais conhecido pela técnica da guitarra, a ação de atingir um som elevando uma corda, ou em um instrumento de sopro alterando o fluxo de ar, também permite perceber distâncias menores que um semitom.
3| Portamento
Técnica típica da voz, um deslize vocal, tanto aplicado de maneira ascendente quanto descendente, o portamento também permite a voz e a percepção humana resvalar em distâncias menores que um semitom.
Conclusão
É correto afirmar que o semitom é a menor distância pautada diretamente na prática dos instrumentos temperados, tanto para a música erudita quanto para a música fonográfica. Justo posto os instrumentos permanecem capazes de resvalar distâncias menores que um semitom, é usual fazendo parte do estilo e interpretação.
É válido perceber as distância em uma prática afinada em 440 hertz, lembrando-se que a música pode utilizar de outras afinação como 442 hertz ou 438 hertz. Veja que lá sustenido ou si bemol no sistema temperado aplicado, por exemplo no piano, estão em 467 hertz. Tem chão entre 440 hertz e 467 hertz?
Então! Um instrumento de cordas friccionadas como o violino, o violoncelo, a viola ou o contrabaixo acústico são instrumentos não temperados, ou seja, é possível tocar essas distâncias menores. Quem realiza o temperamento, essa espécie de equalização, é o instrumentista na hora em que está tocando!
Vamos lá!