Ainda vale a pena compor obras sinfônicas?

Ainda vale a pena compor obras sinfônicas?

Passando a semana em reflexões sobre composição, e sobre ser compositor, é verdade.

Ainda vale a pena compor obras sinfônicas?

Na minha percepção sim. Acredito que o compositor precisa deflagrar sua arte conforme suas necessidades e perspectivas.

No século XIX compreendeu-se que o modelo Sinfonia havia se esgotada. Tanto o modelo clássico de três movimentos, quanto o movimento romântico de quatro movimentos, excedeu-se em qualidade, e levou compositores como Berlioz e Lizst a procurar outras maneiras de deflagrar o furor artístico, em uma variação da Sinfonia ou outra espécie de obra.

Como trilha sonora o modelo sinfônico serve amplamente ao mercado de filmes e jogos. Mas para muitos compositores trata-se de uma música menor, uma trilha sonora, algo que discordo substancialmente. E com tristeza advirto os desavisados.

No momento eu prefiro me dedicar a música de câmara – algo que está ao meu lado, que posso realizar, posso investir na produção, posso pagar adequadamente os músicos. E desse modo entendo como justo e honesto para mim, como compositor.

E em algum momento, com toda certeza, respondendo a um convite de uma orquestra, ou um convite da minha necessidade de comunicação, farei novamente obras sinfônicas – eu que tenho quatro sinfonias prontas nesse momento, e nunca tive oportunidade de tocá-las.

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#VemProSouzaLima