30 maio Uma breve história da bateria no Brasil
Um instrumento norte-americano que também adquiriu linguagem e características da música brasileira quase que imediatamente. A bateria está presente no fazer musical brasileiro desde a década de 1920, embora emplacado nos fonogramas a partir dos anos 1930.
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Uma breve história da bateria no Brasil
Para José Ramos Tinhorão, “… baterista e pianista euro-americano Harry Kosarin quem daria a conhecer aos cariocas e paulistas, a partir de meados de 1919, com as exibições do seu Harry Kosarin Jazz Band…” teria sido o introdutor do instrumento. Ou ao menos quem tocou primeiramente bateria no Brasil.
Quanto a uma linguagem, na minha dissertação de mestrado identifiquei o brasileiro Luciano Perrone é precursor. Claro, que ainda muitíssimo distante da linguagem que adquiriu em território brasileiro a partir dos anos 1950, a bateria tem ali um embrião.
Em foto dos Oito batutas, grupo de Pixinguinha, já é possível identificar a bateria na década de 1920 em um agrupamento tipicamente brasileiro.
Fato que em linguagem brasileira da bateria muito se deve ao samba-jazz da década de 1950. E aos músicos que vieram a seguir. O samba com acentuação no prato. A condução com o chimball. A definição de forma. As acentuações típicas. E a utilização da composição das peças e baquetas.
As publicações dessa série tem o intuito de conceber indicações fonográficas para os iniciantes em música brasileira.
Da geração do samba jazz vieram:
Dom um Romão (1925 – 2005).
Edson Machado (1934 – 1990), Milton Banana (1935 – 1999), Wilson das Neves (1936 – 2017), Rubinho Barsotti (1932), Hélcio Milito (1931 – 2014).
Hércules (1938) – baterista de Paulinho da Viola, samba tradicional brasileiro.
Para a seguir:
Robertinho Silva (1941), Paulinho Braga (1942) Chico Batera (1943).
Airto Moreira (1941) – que misturava a bateria e a percussão brasileira.
Nenê – Realcino Lima (1947).
Tutty Moreno (1947).
Marcio Bahia (1958).
Ao pesquisador, músico-baterista, arranjador, ou compositor, conhecer a obra desses músicos primordiais do fazer brasileiro, é um passo fundamental para atingir a linguagem que se procura em sua execução ou criação. A bateria é um universo. E um universo de linguagens, matizes, e formas.
Aproveite o infográfico com conteúdo e texto de João Marcondes para design de Jean Forrer.
Essa publicação foi atualizada em 30 de maio de 2022. Vamos em frente!