30 maio Uma breve história do trompete e trombone no Brasil
O Trompete
O trompete possui referências pontuais na música popular brasileira instrumental.
Não temos um trompetista com igual fama de Arturo Sandoval, Miles Davis, Louis Armstrong, mas possuímos músicos que são referências da música brasileira com contribuição louvável.
Poucos nomes desenvolveram carreira como solistas. Ou tiveram seus trabalhos com amplo destaque em discografias no século XX, por exemplo. Desde o início do século XXI, uma geração de novos solistas do trompete tem se apresentado e registrado obras fonográficas.
Ícones do Trompete no Brasil
Pedro Paulo (1939) – trompetista brasileiro, radicado no Rio de Janeiro que participou com destaque do movimento do samba-jazz, da década de 1950 e 1960, tendo acompanhado J.T. Meirelles no famosos grupo Copa 5.
Jessé Sadoc (1947) – compositor e trompetista brasileira, especializado em samba jazz e música improvisada.
Silvério Pontes (1960) – compositor e trompetista brasileiro, radicado no estado do Rio de Janeiro, destacou-se como músico de choro.
Walmir Gil (1964) – trompetista fundador da Big-Band brasileira Mantiqueira.
Daniel D’Alcântara (1974) – compositor e trompetista brasileira, radicado na cidade de São Paulo, de família de músicos, formado na USP, leciona atualmente na Faculdade Souza Lima.
O Trombone
O trombone é desses instrumentos que caracterizam a música brasileira. Amplamente utilizado em introduções desde o princípio do mercado fonográfico brasileiro. Em Naipe ou em solo. Compôs fonogramas fundamentais da música brasileira, como a canção “Chega de Saudade”, cuja gravação nesse ano de 2018 completa sessenta anos.
O trombone faz parte dos principais agrupamentos da música: da orquestra sinfônica, banda sinfônica, big-band, bandas militares, ou como solista de choro, jazz, e em agrupamentos do samba de gafieira.
O trombone foi introduzido no Brasil no século XVIII, de origem que remete ao Egito, e que se consolida na Europa do século XV.
Ícones do Trombone no Brasil
Popularizou-se no Brasil com o trombonista Raul de Barros (1915 – 2009), que tocava choros e gafieiras. Participou de importantes grupos brasileiros como o Brasil 66 de Sérgio Mendes, Barros estabeleceu uma prodigiosa e notável carreira como solista.
Como herdeiro do estigma do trombonista Raul de Barros, surgiu Raul de Souza (1934), que elevou o trombone brasileiro ao samba-jazz e uma forma jazz de dedicar-se a composição instrumental.
Raul de Souza possui discografia internacional, com participações, composições de grupos, álbuns solo, que passam de vinte. Sua linguagem exprime influência direta da música norte-americana, do hard-bop, e swing – embora tenha gravado em seus fonogramas gêneros brasileiros de toda espécie.
Nascido em 1960, Itacyr Bocato Júnior é o terceiro pilar da linguagem do trombone brasileiro. Gravou com Elis Regina ainda jovem, e estabeleceu-se como solista notável. Improvisador de grande variedade de estilos, Bocato dedicou-se da canção brasileira, ao fusion e funk/soul americano. Provido de uma discografia fundamental e emblemática.
Comece ouvindo a Antologia da Canção Brasileira, volume 1, dividido com a flautista e produtora fundamental Léa Freire.
Vale conhecer a música brasileira! Se você é trombonista! Conheça a linguagem desses ícones do instrumento no Brasil abreviados em um infográfico criado para nosso blog, com conteúdo e texto meus, João Marcondes, com design de Jean Forrer.
Essa publicação foi atualizada em 30 de maio de 2022. Vamos em frente!
E você sabia que no Souza Lima leciona na graduação um dos principais trompetistas artistas do Brasil? Procure saber. Justamente o último ali da lista do trompete.