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Qual a primeira questão a se pensar ao compor um arranjo musical?

Qual a primeira questão a se pensar ao compor um arranjo musical?

Qual a primeira questão a se pensar ao compor um arranjo musical?

Textura, esta é a resposta.

A música, uma composição original, é matriz para o arranjo, oferecendo nela múltiplos elementos – ideias melódicas, expressividade, caráter, elementos rítmicos, harmônicos, para a interpretação do arranjador.

O primeiro passo para constituir um arranjo está na análise desses elementos.

Realizada a análise, o arranjador observa como induzir a percepção musical a um equilíbrio. O que proponho é perguntar o que falta na música. O arranjador é um colaborador, que eleva a música a um parâmetro de compreensão e de compensação.

Se você não quer contribuição para sua obra, faça tudo. A figura do arranjador é autônoma, cabe a ele uma recriação. O arranjador tem autoria e esse ponto é indelével.

O arranjador que descarta autoria e se submete apenas ao que o compositor deseja dilui sua função a um mero adaptador.

Recentemente fiz um arranjo para uma marcha-rancho de um compositor. A música era linear. Não havia ponto alto, e nem mesmo expressividade suficiente para conectar o ouvinte em sua escuta. Aí justamente deve estar a contribuição do arranjador.

É incluir valores perdidos na criação primária para a constituição de um ambiente que vai receber a obra musical. O arranjo é para que? Aí está então o segundo passo do pensamento do arranjador. Com o ambiente descrito e ciente do que a música possui e lhe falta, basta criar.

E vem então a questão da estrutura, que chamamos de mapa fonográfico com espécies de introdução, apresentação do tema, solo ou interlúdio, reapresentação e finalização.

Vamos lá!

#VemProSouzaLima