18 jun As características do Acordeon (acordeom)
O Acordeom encontrou caminhos inusitados nas Américas – em especial no Brasil.
De um instrumento para acompanhamento na música italiana, onde o instrumento moderno teve origem, em especial aos cantores, o acordeom já possuía expressividade melódica e no Brasil adquiriu ritmo!
Sabe? E desses ritmos que definem o fazer musical brasileiro.
Por terras brasileiras a Tarantella italiana até se escuta. Mas ela está restrita as festas típicas, e sobrevive sutilmente modificada nos arraiais de junho, das conhecidas festas juninas, que também abarcam os gêneros do forró: o baião, xote, xaxado e arrasta-pé.
Nas mãos ritmadas do povo miscigenado brasileiro o acordeom renasceu.
No Brasil ou se aprendia acordeom ou piano, para a classe média do início do século XX. Época em que o acordeom foi considerado instrumento de aprendizado fundamental.
Ao povo a percussão e o violão sempre tiveram predileção. Da boemia.
Os horizontes de cada instrumento foram ampliados no Brasil, contribuindo massivamente com o fazer musical brasileiro. O Brasil não criou muitos instrumentos é verdade, mas tudo que emitiu notas em território nacional recebeu linguagem ampliadora – tecnicamente e estilisticamente.
E o Brasil que se reinventa a cada década possui uma linhagem no acordeom com Sivuca, Dominguinhos e Osvaldinho do Acordeom.
Mais recentemente ampliou-se a linguagem do instrumento no Brasil com Toninho Ferraguti – um acordeom que se relaciona intimamente com o jazz, e passeia por variações musicais impressionistas com sobreposições harmônicas entre as teclas da mão direita e os botões da mão esquerda.
Alguns desses acordeonistas perdem um tanto a questão rítmica de Luiz Gonzaga, fundador imortal do acordeom brasileiro, para apresentar as típicas harmonias da tradição musical brasileira – de Pixinguinha e Tom Jobim até Toninho Horta e Guinga.
Na última década o acordeom despertou o interesse de músicos jovens, que hoje na casa dos trinta anos estão iniciando a projeção de seus trabalhos artísticos.
E tudo apertado entre teclas e botões impulsionado pelo fole! Um instrumento que consegue manter, diminuir ou aumentar a projeção de um som em uma nota que foi tocada. Assim é o acordeom.
INFOGRÁFICO
Entre botões exclusivamente com baixos, uma linha inteira, a seguir uma linha exclusiva de tríades maiores, e outra de tríades menores, tétrades – maior com sétima menor e a diminuta, um instrumento totalmente diferentes.
Vamos conhecer o instrumento, no infográfico especialmente criado para o BLOG Souza Lima, com conteúdo de João Marcondes, eu, que também assino o texto, para design de Jean Forrer.
É mais um trabalho de pesquisa e tanto para consolidação de mais um projeto paradidático para educadores musicais e estudantes de música!
A nova ortografia prefere ACORDEOM, com m no final, ao invés de acordeon, com n.
#VemProSouzaLima