26 jan Como montar um currículo de músico?
Como montar um currículo de músico?
Uma sugestão de um aluno para a publicação aqui do BLOG, extremamente complementar, e que soma expertises que adquiri como coordenador e assistente de direção, e também como músico que já se candidatou para algumas vagas de trabalho.
Como já disse em outras publicações o aspecto mais importante para um musicista é sua rede de contatos, desenvolvida na universidade, conservatório e cursos de maneira geral.
As oportunidades de trabalho que temos ao longo dos anos de profissão também criam uma rede profissional. Em grosso modo: um trabalho chama o outro.
Hoje também cientes que somos precisamos saber que se observam redes sociais, sites e publicações nos diferentes tipos de streaming.
Como deve ser o currículo?
O currículo usual, ou currículo cotidiano, é o documento utilizado para credenciar o interesse em uma determinada vaga de trabalho. Evidentemente segue os padrões conhecidos com nome, contato e endereço. E a seguir formação.
Formação universitária se houver, deixando claro se completa ou incompleta. Formação técnica, também deixando claro o status de formação – completa ou não. E formação livre.
O tempo que estudamos com determinado professor pode ser importante para a consolidação do seu currículo, entrando como formação tipificada livre. Ou de cursos livres de formação de educadores.
A formação incompleta também interessa, pode ser uma experiência marcante justificada pela não finalização por outra oportunidade que consolida sua história. Simples assim.
E depois?
A seguir do aspecto da formação, minha sugestão é que haja um breve release onde constam os dados artísticos. Aquelas que não se direciona com frases curtas que necessitam ramificação. E que por texto lido também demonstram sua forma de comunicação.
O ideal é que façamos nosso próprio currículo. Noto de primeira quando se trata de um currículo produzido por outra pessoa. Lembre-se que a seguir da apresentação de um currículo vem a entrevista, e muito se confirma nessa oportunidade.
Não minta no seu currículo. Certa jornalista, por exemplo, diz em seu currículo ter realizado uma extensão universitária em música por seis anos, aproveitando-se de que hoje o Souza Lima também é faculdade.
Só que o período em que ela cita o dado é mentiroso, a Faculdade Souza Lima nasceu em 2008, e a formação universitária falsa da pessoa está citada iniciando na década de 1990. Complicado.
O máximo que essa pessoa realizou foi curso livre no conservatório, o que é incrível. Mas incrível quando tratado como informação verdadeira.
Fake News no currículo?
Outro músico que conheço diz ter tocado com artistas como Jacó Pastorius em seu currículo. Quando entrevistei obviamente me chamou atenção. Perguntei em que disco, quando, onde?
E ele assumiu que era uma informação para alimentar o currículo. Que foi em uma JAM e que sequer tocaram juntos de fato. Complicado.
A antiga ULM – Universidade Livre de Música, teve seu nome trocado e um dos motivos foi um estudante que se formou no programa livre da instituição, e em dado momento se candidatou a um mestrado fora do Brasil, tentando usar o diploma. O caso foi abafado. Mas a seguir a instituição mudou de nome. Veja só!
O problema é que tem instituições que criam estigmas. Aqui em São Paulo mesmo uma escola se comporta como formadora de técnicos em música, e na especialização de nível técnico que temos no Souza Lima, sempre tenho que negar matrículas de alunos oriundos dessa instituição.
Chato demais fazer um estudante descobrir que foi enganado.
Currículo para?
O currículo tem que ser direcionado para o objetivo em que se pretende. Se a vaga é de educador musical com quem você tocou pouco ou nada interessa. Se a vaga é de educador musical de instrumento, com quem tocamos passa a interessar. Mas informações comprováveis.
O mesmo para um arranjador ou para um compositor, onde seu trabalho em suma deve ser conectado. Nesse caso é preciso um portfólio acompanhado do currículo vitae.
Espero ter ajudado! Vamos nessa!