30 nov Quais as principais dificuldades para ensinar música a distância?
Perfeita a pergunta do caro leitor, e afinal quais as dificuldades para ensinar música a distância?
A principal dificuldade é desafiar-se em prol da renovação dos paradigmas da educação. Recentemente um aluno da Pós-Graduação em Educação Musical da Faculdade Souza Lima trouxe a questão, o que gerou um módulo de debate no programa de especialização.
A aula a que estamos nos referindo, em modelo a distância neste caso, é uma aula com duração variada que ocorre em modelo de transmissão ao vivo. Os cursos de EAD gravados fazem parte de uma questão que esta publicação vai ignorar.
Se estabelecido que a principal dificuldade é gerar um terceiro modelo, ou uma terceira via de abordagem pedagógica para educação musical, nos docentes, fica mais fácil definir as prioridades que chegam a seguir.
O docente precisa estar disposto. A transmissão ao vivo é um modelo pedagógico não tão novo, mas que para o grosso dos educadores tem sido uma saída imposta pela pandemia, não uma saída optativa.
O segundo obstáculo que o ensino de música a distância por transmissão ao vivo tem enfrentado no Brasil é a má qualidade das conexões oferecidas para a melhor experiência dos usuários. Eu mesmo em minha casa, pagava o máximo de internet e quando fui exposto a esse modelo de educação pude perceber que o serviço contratado estava muito distante do que oferecia de fato a empresa de tecnologia e conexões. Uma fraude.
Até então, criou-se um problema sério, o que fazer? No meu caso fui a fundo até estabelecer o que prometia o contrato, e decidi ter duas empresas prestadoras de internet em casa para não correr risco de inatividade para com meus alunos.
O terceiro obstáculo está na organização do material. Com ausência de uma lousa digital ou tradicional, decidi escrever os pontos importantes que falo no chat enquanto estou em aula. O excesso de informação das redes tem atrapalhado o bom uso do espaço, e chegamos ao quarto ponto que é a manutenção do alunado focado na atividade.
Dificuldades
Câmeras desligadas, áudio desligado, referência a um aluno que de repente conectou e saiu, coisas que chateiam o educador. O que fazer? Particularmente entender a educação como uma escolha pode ser uma saída primordial para os educadores, embora eu por exemplo, assumi um compromisso em oferecer a mesma experiência para todo alunado, o que se torna ainda mais desgastante.
Soluções propostas e convencimento, são então o quinto tópico dessa argumentação. O aluno precisa querer compreender esse novo modelo tanto quanto o professor, mas cabe a quem está desse lado propor. O convencimento vem do educador, para que o aluno perceba que se trata de uma outra experiência.
É possível trocar informações. Trocar ideias. E deve haver esse momento para cada tipo de aula. Esse fundamento é importante de fato. Como sempre digo para os estudantes da pós-graduação em educação musical que coordeno:
Abordagem
A abordagem metodológica é como uma ferramenta, ocasionalmente precisamos ser conteudistas, lúdicos, usar do criticado ensino bancário, cativar em prol da criatividade. Ferramentas, a abordagem é uma ferramenta, repetindo para que fique totalmente claro.
Você está pronto como educador para atingir esse modelo novo? De fato, estamos falando de uma terceira via de ensino em educação musical. Tenho 20 anos de experiência em ensino presencial, possuo cursos gravados para esse outro modelo a distância, e precisei nesses últimos nove meses me refazer como educador.
A pós-graduação procura esclarecer e refrescar esses pontos, é verdade. Mas a renovação deveria ser prática diária do educador seja qual for o modelo ou condição de trabalho. Pense nisso, e quem sabe, pense conosco por aqui.
#VemProSouzaLima
Pense nisso, e quem sabe vem pro Souza Lima fazer pós conosco! Saiba mais!