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O que são acidentes em música?

O que são acidentes em música?

Acidentes são sinais que representam alterações na altura de uma nota. Existem duas espécies de acidentes, e para contrapô-los um acidente híbrido.

O sistema musical ocidental organiza suas alturas em sete notas musicais: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si (escala natural).

A cada oitava o sistema ocidental estabelece doze alturas. O termo oitava representa um ciclo completo, que pode ser ascendente ou descendente.

Oitava de dó a dó:

  • dó ré mi fá sol lá si dó, oitava ascendente.

  • dó si la sol fa mi ré dó, oitava descendente.

Entre as notas, ou graus, pode haver variação da altura. E essa variação é representada por acidentes. As notas serão as mesmas, alterando-se no entanto a altura, observe no conjunto abaixo:

ré mi fa# sol lá si do# ré.

Graus iguais com alturas diferentes, em duas espécies de acidente:

sustenido representa a elevação da altura de uma nota em um semitom – menor distância pautada da música ocidental. É um acidente ascendente.

bemol representa a diminuição da altura de uma nota em um semitom – menor distância pautada da música ocidental. É um acidente descendente.

Aplicação do Acidente

O acidente pode ser fixo ou ocorrente.

O acidente fixo representa uma forma de abreviação, para que, identificado o conjunto, através da armadura de clave, se estabeleça a alteração para toda partitura. Observe:

No caso da partitura da canção Wave, acima representada, está estipulado a alteração das notas dó e fá, com sustenido. Assim, em toda altura que surgirem estarão modificadas em comparação aos sons naturais.

Observe no exemplo a seguir o uso do acidente fixo na nota fá, representada na quinta linha a seguir a clave, a chamada armadura de clave altera toda a nota fá independente da região.

Wave com acidentes ocorrentes?

No caso da partitura acima da canção Wave, agora representada com acidentes ocorrentes, toda altura modificada apresenta a alteração no compasso que está inserida.

Assim, o acidente ocorrente vale para o compasso, na medida em que surge até a barra que antecede o compasso seguinte.

Observe a análise dos exemplos da teoria do acidente ocorrente.

  1. No primeiro compasso está empregado o sustenido na nota fá, ao iniciar o segundo compasso o acidente está cancelado. Então, no compasso dois a altura estabelecida é o fá natural.
  2. No terceiro e quarto compasso o caso é idêntico ao dos compassos anteriores, no entanto optou-se por inserir um acidente de precaução ou lembrete – com o bequadro demonstrando o cancelamento do acidente no compasso anterior. Seu emprego não é obrigatório, mas pode ser útil para rememorar uma alteração.
  3. No compasso cinco o sustenido ao surgir mantém a alteração por todo compasso, mesmo que no segundo som pautado não esteja representado.
  4. No compasso seis o sustenido representado está cancelado com o emprego do bequadro.

O bequadro representa o cancelamento de um acidente, seja fixo – da armadura de clave, ou ocorrente. Híbrido por não ser propriamente uma alteração, e sim por representar cancelamento.

acidente de precaução deve ser representado entre parenteses.

Observe a questão novamente com objetivo de fixar:

  1. Não há acidentes fixos, armadura de clave apresenta o conjunto de dó natural.
  2. Foi empregado o sustenido na quinta linha, na segunda pauta auxiliar optou-se por cancelar o sustenido, fazendo uso do bequadro. Na pauta principal e primeira pauta auxiliar o sustenido permaneceu alterando a nota fá desse registro.
  3. Na pauta principal, no último compasso, o fá é natural, já que o acidente ocorrente do segundo compasso vale apenas a seguir de sua presença, e para o compasso que está inserido.
  4. Na primeira pauta auxiliar está empregado no quarto compasso o bequadro, como acidente de lembrete ou precaução.
  5. Na segunda pauta auxiliar, optou-se por anular o sustenido no emprego do bequadro.

Acidente Ocorrente

O acidente ocorrente só vale para altura em que está inserido. Abaixo a primeira mínima, do terceiro espaço do pentagrama, representa dó sustenido. A segunda mínima, da primeira linha suplementar inferior, permanece dó natural. A seguir a primeira semínima novamente representada dó sustenido, enquanto a segunda semínima permanece dó natural, a que está pautada uma oitava acima.

Este último caso parece um pouco estranho, mas regras são regras. E nele, não é preciso empregar o acidente de lembrete.

Observações Finais

  1. O acidente ocorrente pode ser sustenido, bemol ou a anulação de parte do conjunto estabelecido como acidente fixo.
  2. O acidente de lembrete pode ser para retornar ao conjunto inicial, seja com sustenido, bemol ou no emprego do bequadro.
  3. O uso do acidente fixo representa conjuntos peculiares a escala maior e sua relativa menor. Não se pode estabelecer um conjunto qualquer entre sons naturais e acidentes e empregar na armadura de clave.

Vamos lá!

#VemProSouzaLima