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Bacharelado em Música EAD?

Bacharelado em Música EAD?

Alguns leitores trouxeram a questão: “Bacharelado a distância em música, será que é bom?”.

Escrevi um artigo sobre as principais questões da Educação a Distância (sigla EAD) para o blog Santo Ângelo – parceiro do Souza Lima já há algum tempo no desenvolvimento de nossa instituição, equipando cada uma de nossas unidades.

No artigo solicitado por eles, do BLOG Santo Ângelo, falamos das relações positivas e negativas desse modelo de ensino. Mas em nenhum momento mencionei o programa Bacharelado em Música EAD.

Vamos estabelecer primeiramente: o modelo bacharelado em Música EAD trata de um modelo para cursos universitários registrados em vídeo, apostilados, e que possuem interação normalmente com monitores em um portal, sob a supervisão de um docente.

Nesse artigo afirmei: Veja que há programas no modelo EAD, integrais (com avaliações presenciais) apenas no plano da Licenciatura em Música, mas não há programa de Bacharelado com esse perfil.

O mundo muda e precisamos nos adaptar. Poucos meses atrás escrevi sobre a ausência de programas de Bacharelado em música EAD. E agora já surgiram os primeiros programas, pioneiros, fato, justamente nesse modelo.

É bom?

Avaliar um programa educacional demanda tempo, anos… Quanto a estrutura física? Até é mais rápido. Verificar se a plataforma é boa. Acessível. Orgânica. E quanto ao desenvolvimento? Plenitude programática? Resultado?

Então responder se é bom ou ruim, é tarefa impossível. Considere que avaliar é preciso conhecer concluintes, bacharéis, e não um mas uma dezena e de diferentes turmas. São anos de trabalho avaliados, formação qualificada, e avaliação para finalmente cravar a qualidade.

Nas entrevistas que tenho realizado como coordenador pedagógico do Souza Lima, trato dessas questões peculiares a formação, procurando conhecer os programas em que os candidatos se formam, para que possa orientar no futuro a escolhas de cada estudante de música.

Esse tipo de programa EAD ainda não formou músicos para uma avaliação, e sequer na EAD em Educação Musical onde também não formou licenciados em número suficiente, imagine então algo recém-lançado. Seria injusto desqualificar do mesmo modo que qualificar.

Positivo no Formato Presencial

É impossível condensar o desenvolvimento do instrumentista – fisiologia, musicalidade e compreensão simbólica não caminham concomitantes, é algo individual. A observação do professor qualifica e quantifica o que se precisa a mais ou a menos dentro da misteriosa química da educação musical composta nos três fatores da formação instrumental.

São muitos os aspectos positivos de um programa Bacharelado em Instrumento em formato presencial. A observação do professor detalhando sua condição evolutiva. A proposta pedagógica que é variada dentro de certos alicerces do desenvolvimento.

Formamos em programas de bacharelado músicos capazes de se tornarem artistas, objetivo individual. Como em um programa totalmente gravado poderíamos equilibrar tamanha questão?

Estou curioso com a resposta e com os primeiros resultados desse formato de programa.

Network

Já realizei cursos EAD, e não constituí relação com nenhum colega.

O ponto principal que deve saltar aos olhos, e ensurdecer os ouvidos: Na faculdade de música construímos uma FUNDAMENTAL relação pessoal, a chamada network – ali conhecemos os que desfrutam dos mesmos desejos e objetivos, que vão coexistir e atuar conosco. Isso só existe presencialmente.

E tocar juntos? Um bacharel em instrumento precisa experienciar a composição de seu instrumento em diferentes agrupamentos. Tanto para a música erudita, quanto para a música popular.

Isso também só existe no presencial, imagino. Aqui está a coexistência!

Evidentemente toda a questão é uma devolutiva: O que você espera de um programa de bacharelado em música? Eu espero encontro. Eu espero experiência. Eu espero coexistência. Eu espero pessoalidade.

A escolha está para vivê-la de longe, ou para vivê-la intensamente?

A música oferece situações que estar em um coletivo é inevitável. Como resolver isso digitalmente? 

#VemProSouzaLima

Publicado em 2018, e ampliado e revisado em 23 de junho de 2022.